- A gente já tá indo? Mas ainda nem deu uma hora da manhã. - ela diz com uma voz de criancinha. Apenas dou o meu olhar mortal, ela logo se cala e me segue até o carro.
Chegando no carro, não falei nada, nem quando ela o ligou e começou a se afastar da casa.
- me desculpa, Emma. - ela pede, mas continuo calada. - Você não vai falar comigo mesmo? eu só tava tentando fazer você se divertir.
- me divertir? E como eu iria me divertir sabendo que estava na casa daquele babaca, no lugar lotado de pessoas bêbadas, que não sabem nem o que estão fazendo? - ela não diz nada. - responde-me, Lucy!
- Desculpa ok. Eu só tava tentando, sei lá. - ela faz uma pausa, mas logo depois continua. - pensei que você iria gostar, lembro-me de você falando sobre como era ruim não haver festa pela região e queria dar esse presente de boas-vindas.
- Lucy, entendo que suas intenções era as melhores, mas a casa do Ethan? Sério?
- É, não foi uma das melhores escolhas. - a encaro e ela logo se corrigi. - tá bom, não foi uma escolha nada boa.
- Agora sim. - digo em meio ao riso.
- porém agora que a poeira abaixou posso perguntar o porquê dele está te chamando de Emilly?
- Não queria que ele me reconhecesse. - apenas falo isso.
- humm... - ela não diz nada sobre e logo muda de assunto. - você vai pra minha casa ou para a sua?
- para minha mesmo, acabei de chegar tenho ainda que arrumar as malas e meu pai não gostaria muito que no meu primeiro dia em casa após dois anos eu dormisse fora.
- tá bem. - apenas diz.
O trajeto até minha casa é no puro silêncio, um silêncio confortável. Assim que chegamos na frente de casa, segundos antes de sair do carro ela puxa meu braço e me abraça.
- Eu senti muito sua falta. - ela fala e eu retribuo o abraço.
Fico na frente vendo o carro se afastar e vou me direcionando a porta, estou sem a mínima coragem de subir a escada da minha janela, então entro pela porta da frente mesmo.
Assim que entro vejo que a lâmpada da cozinha ainda está ligada, caminho até ela e paro na porta. Com eu imaginava meu pai ainda está trabalhando, se bem que acabou de dar meia noite, mas ainda assim é tarde para tá fazendo tal coisa. Assim que ele percebe minha presença, levanta o olhar e me dar um sorriso.
- Já chegou! Pensei que iria demorar. - ele diz voltando a olhar para os papéis.
- Eu pensei também, porém o lugar que eu e a Lucy estávamos não tava tão legal e estou bem cansada da viagem queria descansar.
- Entendo, também estou cansado mas preciso terminar de resolver esse caso.
Meu pai é um dos melhores advogado da cidade, seu escritório fica bem no centro e ele sempre tinha um ou dois caso. Sempre achei maravilhoso o amor dele pela sua profissão, mas desde que tudo aconteceu ele não faz outra coisa a não ser trabalhar e isso realmente me preocupa.
Vou até onde ele está e passo os braços ao seu redor
- Sei que você precisa terminar isso, porém tenho plena certeza que pode esperar até amanhecer. O senhor precisa descansar.
- Daqui a pouco irei, eu prometo.
- Tá bom! Boa noite pai, estava com saudade de ter você por perto. - dou um beijo na sua bochecha e começo a me retirar.
- Boa noite, minha filha.
Sai da cozinha e começo a subir as escadas, as fotos que tinha na parede foram retiradas, mas as da sala continuaram. Essa casa é cheia de lembranças boas e ruins, a dor começa a se espalhar por todo o meu peito ao lembrar de tudo.
Assim que entro no meu quarto lágrimas começam a cair, as lembranças ainda me machucam muito e mesmo já se passando dois anos ainda me afeto.
Me arrumo pra dormir e deito toda encolhida na cama, as lágrimas continuam a rolar pelo meu rosto. Eu sabia que iria doer voltar para casa, só não sabia que a dor seria tanta. O choro silencioso continua até eu começar a fechar meus olhos por causa do cansaço.
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RomanceEmma Evans volta para sua antiga cidade a onde seu pai mora apoia dois anos, tendo assim que enfrentar os antigos fastamas do passado. Junto com eles vem Ethan Collins, um arrogante garoto que se acha o dono do mundo. O ódio um pelo o outro é mais f...