Acordo com meu pai me chamando do andar de baixo, estou com uma terrível dor de cabeça por causa do meu choro e tenho certeza que meus olhos devem estar bem inchados. Pego meu celular do criado mudo ao lado da minha cama e vejo que já são mais de meio dia. Levanto da cama e vou até a janela, abro a cortina e no mesmo instante a luz invade o quarto. Decido tomar um banho antes de ir encontrar meu pai na cozinha a onde tenho certeza que ele está, ao caminhar para o banheiro do meu quarto esbarro em uma mala e quase caio no chão. Preciso urgentemente arrumar minhas coisas!
Tomo meu banho que demora mais do que o previsto, pois resolvi lavar meu cabelo. Assim que saio do banho seco ele, pois se não fizer isso ficara igual uma palha de aço e vou me arrumar. Decido colocar um short preto é uma blusa branca solta, quando estou pronta coloco o celular no meu bolso e saio em direção a cozinha.
Não sinto cheiro de comida alguma, sinal que meu pai não fez o almoço. Assim que entro vejo ele da mesma forma que o vi de madrugada, com os olhos grudados em um papel, como sempre ta trabalhando.
- Ainda trabalhando? - pergunto chamando sua atenção.
- Esse caso é realmente importante! - ele diz sem tirar os olhos do documento. - você dormiu bem?
- Sim sim. - minto para não o deixar preocupado. - E o senhor ao menos dormiu?
- Dormi sim- diz ele em meio de uma pequena risada, logo após ele larga os papéis e pergunta. - Está com fome?
- Estou morrendo de fome - falo fingindo um quase desmaio e ele cai na risada.
- se arruma então, hoje vamos almoçar fora. - fala isso levantando da mesa e recolhendo os papéis.
- No mesmo lugar de sempre? - pergunto esperançosa.
- infelizmente não, o Espargo fechou a mais de um ano, mas vou levar você em um lugar que vai amar tanto quanto. - ele vem até a mim e dar um beijo na minha testa. - você não sabe o quanto tô amando ter você de volta, minha filha. Esteja na sala em quinze minutos, não atrase porque não é só você que está morrendo de fome.
Ele fala em quanto sobe as escadas com um sorriso no rosto. Está de volta pode estar sendo difícil, mas é muito bom ter meu pai por perto não tinha percebido o quanto sentia falta dele. Subo pra o meu quarto, coloco um ALL-star preto e pego minha bolsa de couro que está no banco perto da janela. Penso em passar uma maquiagem mas a preguiça fala mais alto e em menos de quinze minutos estou na sala esperando meu pai.
Observo ele desce depois de uns dois minutos esperando-o, primeira vez que realmente reparo nele. Seus cabelos castanhos já estão se misturando com alguns fios brancos e seu olhos verdes expressão cansaço, nem parece o mesmo de dois anos atrás. Infelizmente tudo mudou.
- Está pronta? - ele pergunta me tirando do meu devaneio.
- Estou mais que pronta. - digo abrindo um sorriso.
- Então vamos. - ele fala pegando a chave do carro atrás da porta.
Assim que saímos de dentro de casa, me deparo BMW bem na frente, será se ele trocou de carro? Mas esse carro não parece muito com ele, e por que ele compraria um carro tão caro?
- O senhor vendeu o seu antigo carro? - pergunto curiosa seguindo ele até o carro.
- Não, ele tá na garagem. - fica confusa sem entender.
- Então de quem é esse carro estacionado na frente de casa?
- Esse carro é seu! - ele diz jogando a chave para mim, que cai diante dos meu pés porque eu tenho um péssimo reflexo.
- Esse carro aí é meu? - Ele balança a cabeça e senta no banco do passageiro. - Eu que vou dirigir? - será eu ainda tô sonhando? Como assim eu ganhei um carro, e não um simples carro, uma BMW.
- claro que é você que vai dirigir o carro é seu e antes que pergunte o porquê dele, você tirou sua carteira ano passado com dezesseis anos achei que estava na hora de ter seu próprio carro. - ele fala calmamente.
- ah obrigada. - essa é a única coisa que consigo dizer, fui pega muito de surpresa.
- Vamos logo! não é você que ta morrendo de fome? - ele diz com um sorrisinho que faz sempre que consegue o que quer e tenho certeza que ele queria me deixa surpresa e realmente conseguiu.
- Mas eu nem sei onde a gente vai. Não é melhor o senhor dirigir?
- Sabe sim, Fica no mesmo lugar do Espargo só mudou de dono. - queria fingir desentendimento, porque estou morrendo de medo de dirigir esse carro.
Entro no carro ainda, muito assustada com tudo isso, coloco o cinto e jogo minha bolsa no banco de trás. Ainda sem acreditar que vou dirigir uma BMW, ligo o carro e sigo para o restaurante que fica no centro.
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RomanceEmma Evans volta para sua antiga cidade a onde seu pai mora apoia dois anos, tendo assim que enfrentar os antigos fastamas do passado. Junto com eles vem Ethan Collins, um arrogante garoto que se acha o dono do mundo. O ódio um pelo o outro é mais f...