Assim que chego no carro entro imediatamente, ao invés de estar no banco do motorista sento-me no do carona. Minha respiração está desregulada e sinto que meu coração sairá pela boca de tão rápido que ele está batendo. Mas por que isso? Por que vi uma antiga colega de classe? Não faz sentido o aperto e o desespero que estou sentindo. Não demora muito para meu pai entrar no carro com uma sacola de compras, ele a coloca no banco de trás e estende a mão para mim, eu rapidamente pego a chave da minha bolsa e entrego a ele. Ele liga o carro sem dizer nenhuma palavra, quando estamos no meio do caminho ele resolve pergunta o que tinha acontecido.
- O que foi aquilo Emma? - pergunta sem tirar os olhos da estrada. - Tem algo te atormentando? Você não está bem aqui? Quer voltar para casa da sua vó?
Ele me enche de perguntas e eu não consigo responder nenhuma delas. Realmente não sei o que foi aquilo, o porquê de eu ter saído correndo e nem o motivo do pânico que se alastrou por todo meu peito. Sei que estava sendo difícil, as lembranças estavam presentes cada vez mais, porém eu já tinha superado isso, ou não?
- Emma! - ele chama minha atenção, fazendo me olhar para ele. - O que está acontecendo?
- Não foi nada - respondo com a voz tão baixa que parecia mais um sussurro.
- Como não foi nada? Você saiu desesperada da loja e suas mãos estão tremendo. - após ele falar isso acabo percebendo que minhas mãos realmente estão tremendo, coloco-as entre as pernas na intenção de fazê-las parar. - Não faz nem dois dias que você voltou e já está tendo crises novamente, acho que você ainda não está pronta pra voltar. Deveria ter ficado com sua vó. Provavelmente ainda dar tempo de te transferir e no...
- NÃO - grito interrompendo ele. - Eu estou bem, não foi uma crise só estava com dor de cabeça e o cheiro da loja estava piorando, foi só isso! - sei que ele não acreditou em nada no momento que ele olha para mim. - É sério pai!
- Está bem. - ele aceita a desculpa mesmo sabendo que é mentira. - Agora que você está aqui, o que acha de voltar a se encontrar com a Dra. Jones?
Não, isso tudo de novo não. Dra. Jones foi minha psicóloga por seis meses e a gente cancelou as sessões de terapia no momento que fui embora. Ela ainda recomendo outro psicológico que ficava perto do interior onde minha vó mora, porém nunca cheguei nem a visitar o consultório. Nunca gostei do clima que eles dão, me sinto sufocada e nada à vontade.
- Pai isso realmente não é necessário. Eu estou bem e feliz de estar de volta, aquilo já passou, vamos esquecer isso tudo! - Ele abre a boca para me contradizer porém falo antes dele. - por favor!
- Ainda acho que vou deveria voltar mas se diz que não vou acreditar.
- Sabe do que eu realmente preciso agora?
- Humm, deixa eu adivinhar! - ele faz uma cara pensativa muito engraçada. - soverte de chocolate com cobertura de baunilha.
- Isso mesmo! - digo sorrindo empolgada. - Isso cura todos nossos problemas, lembra?
- Impossível me esquecer, só assim que te fazia calar a boca. - Ele fala rindo e eu dou uma leve batida no ombro dele em forma de brincadeira.
- Eu nem chorava muito, o senhor que é exagerado.
Ele não estava sendo exagerado, eu realmente chorava muito porque vivia caindo e me machucando, toda vez que me machucava ia correndo para ele que me acalmava e me fazia para de chorar, lógico que era com um soverte de chocolate com cobertura de baunilha. Então esse virou nosso lema sempre que um de nós dois estivéssemos triste ou magoados tínhamos que tomar sorvete. Tinha vezes que a mamãe vinha com a gente porém isso era mais nosso.
Ele estaciona em frente de uma velha soverteria que fica apenas três quarteirões da nossa casa, observo da janela do carro ele fazer os pedidos. Parece que estou voltando no tempo, como se nada estivesse mudado e os anos não tivesse passado, sinto como se tivesse 7 e não 17, e que a qualquer momento vamos voltar para casa e encontra a mamãe fazendo o meu bolo favorito, de cenoura com cobertura de chocolate para ser mais exata.
A batida da porta do carro me tira do meu devaneio e me faz sair do meu sonho nada real, olho para meu pai enquanto me estende o soverte, pego-o da mão dele e dou um sorriso de orelha a orelha. O sorriso não é por eu estar realmente feliz e sim para não preocupa-lo e deixar ele realmente feliz.
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OII, SEI QUE TA DEMORANDO UM POUCO PRA SAIR CAPÍTULOS E NÃO ESTA TENDO MUITO FREQUENTE, ME DESCULPA POR ATRASAR-LOS, DE HOJE EM DIANTE TERÃO CAPÍTULOS TODO SÁBADO.
OBS: QUALQUER COISA PODEM ME MANDAR MENSAGEM.
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RomanceEmma Evans volta para sua antiga cidade a onde seu pai mora apoia dois anos, tendo assim que enfrentar os antigos fastamas do passado. Junto com eles vem Ethan Collins, um arrogante garoto que se acha o dono do mundo. O ódio um pelo o outro é mais f...