Prologo

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Segundo livro de A Pequena Killer.


Dois anos. Alguns dizem que é muito, o que de fato é. Foram 2 anos perdidos, graças a um acidente de carro. Tinha muito sangue, e bom, foi um coma de 3 grau. Não tinham mais esperanças de que algum dia, abrisse os olhos e encarar quem quer que esteja naquela sala branca, que era tão monótona que eu me recuso a chamar de quarto.

Era só branco, às vezes azul. Barulho de gotinhas de soro, alguém gritando no seu ouvido, como se você não escutasse, só que você escuta, ô se
escuta!

Mas a questão é que ninguém tem sofrido mais que eu, que fui apunhalada na barriga pelo meu primeiro amor, e ter sido levada pelo próprio Ceifador para a minha realidade. Aquela bosta entitulada realidade.

O que me deu mais raiva foi o fato de me chamarem de Katherine, Katy e derivados. Que nome é esse? Eu não gosto dele! Ele simplesmente faz meu estômago revirar por conta daqueles tapas que me davam ao desmaiar no Hagnitom!

Quando acordei, eu achava que eu estava no hospital normal, e que se eu olhasse pro lado, lá estaria Matt, preocupado como sempre, e Jeff possivelmente escondido nas sombras! Mas não havia ninguém. Passei várias semanas tentando entender o que estava acontecendo, estou fazendo reabilitação e indo ao psicólogo, eles dizem que eu perdi minha memórias "as preciosas memórias" como eles dizem. Mas minha memórias preciosas não foram perdidas, desde aqueles corpos de crianças mortas no orfanato, até a casa de Jeff. Desde a mansão até a casa de Alexa. E isso me preocupa, e como se...tudo aquilo não tivesse acontecido.

Era como se... A Alasca que eu havia me tornado, era só um disfarce para fugir daqui. E agora, eu sou Katherine, eu me desconheço, e não entendo o que está acontecendo comigo.

Mas por favor... não me chame de Katherine. É Alasca, tá bom?

Continua

Alasca!-A PEQUENA KILLER 2- [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora