Capítulo 12

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AIDEN


Algumas semanas depois...

Apoiado em meu Mustang, olho fixamente para o portão principal da penitenciária da cidade.

Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Dylan, meu irmãozinho, finalmente será solto.

Olho para o relógio impaciente e depois para o portão novamente. Olho com tanta intensidade, como se minha vontade fosse fazer o portão se abrir e arrastar Danny lá de dentro.

Engulo em seco e passo a mão pelos cabelos, deveria corta-los um pouco.

Então o portão se abre e vejo Dylan, com seus jeans rasgados e uma camiseta pequena demais para seu corpo transformado.

Sorrio largamente.

Antes de perceber minha presença, Dylan olha para cima e respira profundamente.

— Irmão! — Grito e ele me olha, mas não sorri. Nunca mais vi Dylan sorrindo desde o momento em que foi preso.

— Finalmente, irmão. — Digo e o puxo para um abraço, mesmo sabendo que ele não será correspondido.

— Onde está sua garota, achei que viria contigo.

— Sobre isso...Gwen ficou em casa, preparando uma festinha...pra você. — Digo com cautela pois sei que Danny irá odiar a ideia.

Ele me lança um olhar mortal, aquele olhar que eu tenho certeza que deve ter assustado muitos outros detentos lá dentro.

— Eu vou matar sua namorada. — Ele diz, mas eu não rio.

— Por favor, ela só quer te fazer se sentir em casa.

— Ei, você! O que ainda está fazendo aqui? Quer voltar pra dentro? — Um guarda grita para nós.

— Por que, vai sentir saudades do meu pau, baitola? — Dylan grita de volta e mostra os dois dedos do meio.

O guarda fica vermelho de raiva e sai correndo.

— Merda! — Digo e corro para o carro.

Dylan me segue e saímos cantando pneu, deixando uma marca escura no asfalto.

— Você é louco? — Pergunto para Dylan zangado, mas acabo deixando escapar um sorrisinho.

— Então, a sua garota... — Ele pega um cigarro e o ascende. — Quer me dar uma porra de festinha de boas vindas? Ela acha o que, que eu estava de férias?

— Danny...

— Urgh!

— Dylan, por favor, tente não ser tão...estúpido com a Gwen. Ela está feliz e animada e até chamou os amigos dela pra você conhecer gente nova.

— Mauricinhos que vão ficar me julgando? Não, obrigado, me deixe no bar mais próximo.

— Eles não são assim, eles são legais. Por favor, faça isso, por mim.

Dylan me olha e então bufa, dá uma longa tragada e então concorda.

— Tudo bem. Meia hora.

***

Nunca vi meu irmão tão fora de lugar quanto agora.

Parado em pé no meio da sala tendo que aturar as perguntas de Enzo sobre como é estar preso.

Vejo Dylan deixar Enzo falando sozinho e caminhar até mim.

— Meia hora, estou vazando.

— Não, espera.

Paixão a Mil por Hora 2: Série da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora