Capítulo 7

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AIDEN


Mesmo com a noite maravilhosa que tive com Gwen, meu humor essa manhã está sombrio.

Sempre fico assim quando vou visitar Dylan na prisão.

Ver o que aquele lugar vez com meu irmãozinho acaba comigo. Minha vontade é de simplesmente arrasta-lo para fora daquele lugar e protege-lo de todos que querem lhe fazer mal.

— Não gosto disso.

— Hum? — A voz de Gwen me tira dos meus devaneios.

— Não gosto de como você fica quando vai visitar seu irmão. Tem algo em seus olhos que me dá arrepios. — Ela diz e lhe dou um sorriso triste.

— Desculpe.

— Tem certeza que não quer que eu vá com você? Gostaria de conhecer o Danny.

Danny é o apelido que eu dei para meu irmão quando ele era pequeno. Meus pais queriam que seu nome fosse Dylan, mas eu queria Danny, então sempre o chamei assim.

— Gostaria que você não tivesse que ir até um ambiente daqueles, você sabe disso.

— Eu sei, e sei também que está preocupado com o julgamento da condicional do Danny.

— Tenho medo que não o deixem ir. — Confesso.

— Eles vão sim, logo Dylan estará aqui conosco.

— Tudo bem mesmo pra você se ele ficar conosco por um tempo.

— Claro que sim, amor. Seu irmão é muito bem vindo aqui.

— Tenho medo, tenho medo do que aquele lugar fez com ele. Tenho medo que ele nunca mais volte a ser como antes.

— Sinto muito, amor. — Gwen diz e me abraça apertado.

— Obrigado por estar comigo nesse momento.

— Sempre vou estar com você, Aiden.

— Sempre? Promete?

— Prometo. Eu te amo mais que qualquer coisa, meu amor.

Sorrio. A habilidade de Gwen de me fazer sentir bem me surpreende toda vez.

Acaricio seu rosto e a beijo, um beijo carinhoso e apaixonado.

— É melhor você ir. — Ela diz, baixinho.

— Tudo bem, estarei em casa logo.

— Demore o tanto que precisar.

Acaricio seus cabelos e lhe dou um último beijo antes de ir visitar Dylan.

***

Sentado em volta de uma das mesas redondas da área de visita, observo os outros presos enquanto espero por Danny.

Ao vê-lo se aproximar me levanto. Ele está tão diferente. Seus cabelos estão raspados, seus braços e pescoço cheios de tatuagens, uma cicatriz divide sua sobrancelha direita.

Ele está muito mais forte, muito mais feroz e assustador do que antes. Parece que a prisão o fez envelhecer anos.

— Danny.

— Já disse que odeio esse apelido. — Ele diz em um grunhido mal-humorado.

— Senti sua falta, irmão. Como estão as coisas?

— Como você acha? — Dylan apoia os braços na mesa e entrelaça os dedos.

— Está precisando de algo?

Paixão a Mil por Hora 2: Série da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora