Capítulo 15

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GWEN


Olho para o relógio e vejo que estou atrasada.

Pego meu celular e envio uma mensagem para Cory. Nós havíamos combinado de lanchar juntos hoje.

Estou na biblioteca e vou me atrasar uns minutos. Desculpa.

Alguns segundos depois ele me responde.

Estou indo te encontrar aí. Chego daqui a pouco.

Levanto-me e vou até a estante procurar por um livro. Pego o título "a democracia na América" e volto para a mesa.

Abro o livro e observo o sumário, procurando pelo capítulo que eu preciso.

— Você não deveria estar em meu escritório?

Levanto o olhar e meu sangue gela. Surgindo detrás de uma das estantes de livros, Bastian aparece com um sorrisinho no rosto.

— Não serei mais sua assistente. — Tento dizer com a voz firme.

— Por que? — Ele pergunta, caminhando lentamente como um predador na minha direção.

— Preciso mesmo responder?

Bastian se aproxima e se senta na mesa, bem perto de mim.

— Você está só se fazendo de difícil, eu até que gosto. É bem excitante. — Ele diz, seus olhos brilhando com malicia.

— Eu vou contar para o Reitor o que você fez. — Ameaço.

— Não, não vai, você não tem provas. Será sua palavra contra a minha.

— Por que você não me esquece, hein? — Pergunto e levanto, guardando minhas coisas em minha bolsa.

— Não consigo, eu te quero.

Sua mão se fecha em meu punho com força e ele me puxa para si.

— Me solta.

— Ou o que?

— Vou gritar.

— Se fosse gritar, já teria feito.

— Você me dá nojo.

— Você me dá tesão. — Ele diz e então me beija.

Seus braços fortes me prendendo, sua mão em minha nuca, me impedindo de me afastar.

— Me solta! Socorro!

— Solta ela! — Ouço um grito e nós dois olhamos na direção de Cory.

— Quem é ele? Outro namoradinho? — Bastian me pergunta.

— Já disse para soltar ela. — Cory vem furioso e empurra Bastian, quase me derrubando.

— Não se meta! — Bastian grita.

— Isso é para você aprender a não agarrar ninguém. — Cory diz e dá um soco em Bastian com uma força que eu não sabia que ele era capaz.

— Cory, vamos! — Digo para ele, minha voz tremula, chorosa, assustada.

Pego minha bolsa e saio correndo e Cory vem logo atrás de mim.

Assim que saímos para o ar livre começo a chorar, escondo o rosto em minhas mãos e choro.

Logo sinto braços em volta de mim e me escondo no peito de Cory.

— Vai ficar tudo bem, Gwenzinha. Eu te protejo.

— Ele estava passando a mão em mim. — Digo, soluçando.

— Essa é a primeira vez que ele faz isso? — Cory pergunta e eu balanço a cabeça.

— Filho da puta. — Ele xinga.

— Gwen? O que aconteceu? — Viro-me e vejo Florence, Lory e Enzo me olhando preocupados.

— Foi o professor Gaspard, ele me atacou.

— O que? Não acredito!

— Oh meu Deus, você está bem?

— Estou, mas graças ao Cory.

— Você precisa denunciar esse filho da mãe. — Enzo diz.

— Eu sei e eu vou, mas preciso de Aiden ao meu lado. Preciso dele.

— Quer que eu chame ele? — Florence pergunta.

— Ele está na oficina agora, vou ligar para lá. — Digo, limpando as lágrimas do meu rosto e pegando meu celular, minhas mãos ainda trêmulas.

— Oficina do Carl.— Um homem diz ao atender.

— Olá, por favor, eu poderia falar com o Aiden?

— Quem está falando?

— Gwen, a namorada dele. — Respondo.

— Só um minuto.

Espero por alguns segundos e logo o homem retorna.

— O Aiden não trabalha mais aqui, moça.

— Como assim?

— Ele foi demitido faz algumas semanas. Você não sabia?

— Não, não sabia. — Digo perplexa.

Não pode ser, se Aiden tivesse sido demitido, ele teria me contado. Tem que ter alguma explicação.

— O senhor tem certeza que ele não trabalha mais aí?

— Tenho sim, moça.

— Tudo bem, muito obrigada. — Digo e desligo.

Encaro meu celular e sinto as lágrimas se formando em meus olhos de novo.

— Por que ele mentiu? — Sussurro para mim mesma.

— Gwen, você está bem? — Cory coloca a mão em minhas costas e me olha preocupado.

— Não, não estou.

— Calma, amiga! — Florence diz, passando a mão em meus cabelos.

— Você precisa denunciar aquele maldito o mais rápido possível.Lory diz.

— Você não vê que ela não está bem? — Enzo diz lhe lançando um olhar reprovador, mas isso não intimida Lory.

— É, por causa daquele professor. Ela precisa denunciar o que ele fez antes que ele ataque outra aluna.

— Mas eu não tenho provas, ele mesmo disse que será a sua palavra contra a minha.

— Eu posso testemunhar. — Cory diz.

— Obrigada.

— O que você quer fazer agora, Gwenzinha?

— Eu não sei, Cory, eu não sei.

Sinto minha cabeça rodando e apesar do que aconteceu com o professor Gaspard, só consigo pensar no porquê Aiden tem mentido para mim por semanas.

O que será que ele está escondendo? 

ESTAMOS CHEGANDO NO FINAL DESSE BÔNUS, O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER AGORA QUE GWEN DESCOBRIU SOBRE A MENTIRA DE AIDEN? :O

Paixão a Mil por Hora 2: Série da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora