PLÁGIO É CRIME
Tracy não tem muitas ambições, com seus 24 anos, é uma pessoa que não tem muita coisa para chamar de seu, um apartamento caindo aos pedaços, roupas surradas e geladeira vazia são um resumo da sua vida. Não tendo opção acaba se to...
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A mansão parecia ainda mais assustadora agora que eu pretendia fazer isso, sempre olhava para trás e para os lados imaginando que alguém poderia estar me vendo ir direto para a sala do Finn. Mas para minha surpresa, todos na mansão pareciam ter coisas mais importantes do que prestarem atenção no que eu fazia. Estavam mais ansiosos e agitados do que nunca e eu tive que lutar muito para não parar e perguntar do porque de tanta euforia.
Finn já deixou claro que ninguém entra naquela sala sem permissão, e lá vou eu desobedecer minha primeira ordem. Não entendo por que estou tão nervosa, só quero usar o telefone, não pretendo fuçar em mais nada. Eu acho. Talvez eu esteja curiosa do porque Finn manter tanto segredo sobre aquela sala.
Passando pelo corredor estreito que nos dava acesso a sua porta, comecei a me sentir sufocada de repente. Nem me preocupei em garantir que Finn não estaria lá dentro, estou literalmente contando com a sorte ou com a minha especialidade em criar uma distração. O tempo que estou passando aqui está me deixando boa nisso.
Paro em frente a longa porta marrom e respiro fundo dando batidas tímidas em seguida, quando não obtenho resposta, dou de ombros e viro a maçaneta. Coloco somente a cabeça para dentro, só para garantir que não teria ninguém ali. Sorrindo internamente entro completamente e fecho a porta atrás de mim. Olho em volta pensando novamente no que vim fazer aqui.
Não bisbilhote, Tracy. Mantenha o foco.
Paro atrás da mesa de Finn e percorro os olhos por ela, respirando profundamente quando encontro um telefone sem fio escondido entre papéis. Sorrio para mim mesma e torcendo para que eu me lembre do número da Molly de cabeça. Dígito lentamente lembrando-me aos poucos. No quarto toque uma voz conhecida ecoa pelos meus ouvidos.
— Sim? — suspiro aliviada, fecho os olhos.
— Molly, sou eu — murmuro, ela faz uns segundos de silêncio, porém ainda posso ouvir sua respiração.
— Tracy? Meu Deus, eu estava tão preocupada com você, achei que tivesse acontecido algo, não retornou minhas ligações e nem apareceu na boate. Jack está tão furioso. — ela dizia tão rápido e não parava mais, que eu só pude sorrir.
— Eu estou bem — foi a única coisa que consegui dizer.
— Está mesmo? Você não sumiria sem ao menos dar notícias — suspiro, mordo o lábio pensativa se devo colocá-la nessa bagunça.
Não é justo, Molly não vai entender, ela é uma boa pessoa é por isso seria muita irresponsabilidade minha envolve-la nessa minha vida complicada.
— Ah Molly, acredite quando eu digo que é mais complicado que isso. — ela não diz nada por segundos, sorrio tristemente — Como eu queria poder conversar com você sobre isso.
