Capítulo 13

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SJ

Entro no quarto batendo a porta atrás de mim sem me preocupar com o barulho ou se ela iria continuar em pé. Ignoro instantâneamente Connor sentado em sua cama folheando papéis, mas para assim que me vê.

— O que a porta te fez? — ele tenta brincar, mas como não recebe nenhuma reação parece perceber a gravidade — O que houve?

Respiro fundo, penso em me sentar, mas não acho que consigo relaxar agora. Connor nunca escondeu nada de mim, pode ser a coisa mais bizarra possível, ele me conta para que possamos resolver juntos.

Ele continuava me olhando, esperando uma resposta, mas eu faço melhor, tiro o papel do bolso e jogo na sua frente. Connor franze o cenho enquanto troca um olhar entre mim e o papel, com um suspiro receoso o abre, e quando vê do que se trata vejo várias emoções aparecerem todas de uma vez em seu rosto antes de se levantar e me fitar.

— Você achou... SJ... — ele começa tentar explicar, mas eu interrompo antes.

— Quem é Marcus? — pergunto sem rodeios, Connor suspira.

— É só uma pista, SJ.

— Não esconderia uma pista qualquer — cruzo os braços, Connor bufa já entendendo que não há escolha a não ser falar a verdade.

— É mais complicado que isso, acredite em mim — como sempre, ele diz com cuidado, como se uma palavra errada me tiraria o controle, ou pelo menos o pouco que eu tinha.

Franzindo o cenho, me sentei na minha cama e acenei para a dele, para que ele também se sentasse e começasse a falar. Depois de longos segundos ele fez.

— Talvez eu não seja um nerd como você, mas vou fazer o possível para entender — ele rola os olhos, esfrega as mãos nervosamente.

— Desde que Tracy chegou, eu ando juntando pistas, qualquer coisa que ajude na solução da missão, busquei no banco de dados, e a única coisa que havia era o orfanato que ela fora criada. — ele começou, estava fixo nele, esperando que todo aquele papo nos levasse a algo — Então eu descobri que estava procurando no lugar errado. Os pais de Tracy viviam no nosso mundo, ou seja... Nem podiam considerar existentes, então busquei no banco de dados da mansão, que Finn não saiba, mas fucei seu computador sem dó.

Balancei a cabeça.

— Connor, comece a fazer sentido. O que os pais de Tracy tem a ver com isso? — a minha paciência estava no limite, e Connor decide contar história justo agora.

Como se soubesse desse meu lado, Connor riu, balançou a cabeça e apontou para o papel que eu jogara a sua frente.

— SJ, o nome dos pais da Tracy são... Isabel e Marcus — ouvir aquilo foi como levar um soco no estômago.

Engoli em seco, era coincidência, tinha que ser. Estava totalmente paralisado, sem saber como agir ou responder aquilo. Já Connor parecia preocupado comigo, a ponto de passar as mãos em frente aos meus olhos para conseguir uma reação.

— Jure por Deus, SJ, que não contará nada disso para Tracy — ele diz desesperado despertando-me rapidamente. Confuso o fitei.

— O que? O seu pai pode estar envolvido em toda essa merda e você quer que ela não saiba disso? — Connor rola os olhos.

Atração Perigosa - Duologia Atração Fatal | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora