CAPÍTULO 14

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Acordei quando a Beah bateu o pé na comoda perto da porta.

- Caralho, comoda filha da puta. - Ela xingou baixinho. Ri da cara que ela fez, parecia ter doido mesmo.

- Tudo bem aí? - Não consegui conter o riso.

- Tudo sim. ótimo!. Quase fiquei sem uma perna. - Ela estava segurando um prato com algo que parecia sopa. - E você para de rir, que doeu de verdade.

- Desculpa, sua cara foi engraçada. - Falei sentando na cama, me escorando na cabeceira da mesma. - O que você tem aí?

- Fiz uma sopa para você. - Disse vindo até mim ainda mancando e sentando a minha frente.

- Estou sem fome!

- Vai comer sim, você tem que se alimentar, apesar de tudo, tem uma vidinha se formando aí agora. - Ela colocou o prato no meu colo, mordi o lábio a olhando, logo comecei a comer.

- Nossa! Tá muito bom isso. - Levei mais uma colher até a boca.

- Cozinhar é um dos meus talentos. - Jogou os cabelos pro lado de uma forma convencida.

- Dessa eu não sabia. - Sorri comendo mais um pouco.

- Amiga? - Ela estava olhando para o meu celular. - A Brenda tá te ligando.

- Não! não atende, deixa cair na caixa postal. - Falei um pouco rápido de mais.

- okay. - Beah ficou mais alguns segundos olhando para a tela. - Pronto, caiu. - Colou o celular na mesa de cabeceira. - Por quanto tempo vai evitar ela?

- Pelo menos até seu aniversário. Aí seremos obrigadas a nos ver.

Ficamos mais algum tempo conversando. Beah tentou a todo custo me distrair, mas sem muito sucesso. Já era quase seis horas da noite quando ela disse que tinha que ir embora.

- Tem certeza que vai ficar bem sozinha?. - Questionou parando na porta.

- Tenho sim, obrigada por tudo. - Sorri. - Mas acho que agora quero ficar um pouco sozinha.

- Não tem o que agradecer, sei que faria o mesmo por mim. - Assenti. Pois era verdade, faria qualquer coisa para ajuda-la e vê-la bem. - Promete me ligar se sentir qualquer coisa?

- Claro, prometo. - A abracei forte e logo fechei a porta.

Voltei para cama. o celular tocou mais uma vez.

Brenda!.

E mais uma vez não atendi. A noite passou tranquila, recebi mais algumas mensagens dela:

"Quando puder me liga"

" o que houve? Por que não atende?"

" Estou preocupada"

Mas também não respondi. Pode parecer egoísta, mas é preciso.

No dia seguinte amanheci com um pouco de febre, preferi ficar na cama, o celular tinha várias mensagens da Beah e da Brenda. Liguei para Beah que atendeu no primeiro toque.

- Alô? Como esta? Me mandou mensagem?. - Falei sem dar espaço dela falar nada.

- Estou bem e você?, queria saber como está. Como amanheceu hoje?

- Não estou enjoada, mas estou com febre. - Preferi falar a verdade, não consigo mentir pra ela. Beah me conhece melhor que ninguém e logo saberia que estou mentindo.

- Vou aí cuidar de você.

- Não! não precisa.

- Mas você não está bem.

A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora