CAPÍTULO 8

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POV EMILLY

- Nossa, já está tarde, né?!.

Brenda Falou olhando o relógio e depois para mim. Eu estava um pouco perdida a olhando.

Como pode alguém  ser tão hipnotizante assim?

- Um pouco. - Respondi saindo do meu quase transe, mesmo sem saber se tinha sido mesmo uma pergunta.

- Acho melhor eu ir embora. - Ela já estava levantando da mesa para ir embora.

- Não! não vai, fica! - Falei rápido de mais. - Quero dizer... - Cocei a nuca sem jeito, com certeza ela percebeu, pois riu do meu jeito sem jeito. - ...dorme aqui, já está muito tarde para ir embora.

- Ah, não sei. - Mordeu o interior da sua boca como se pensasse no que eu pedi.

Devo dizer o quanto ela fica fofa fazendo isso?. Mesmo eu sabendo que isso não é bom para sua saúde bocal.

- Por favor, fica. - Fiz aquela carinha de cachorro sem dono a fazendo soltar uma risada.

E cara, que risada gostosa de se ouvir, Passaria o resto da minha vida ouvindo aquela risada tranquilamente.

- Tá bom, como dizer não para essa carinha? Impossível! Eu durmo aqui hoje.



***

Nós dormimos juntas, mas não da maneira que a pervertida da Beah pensará quando souber.
Fomos para o quarto, dei um dos meus pijama para ela. Era um pijama rosa, fino, daqueles que é apenas uma blusa e um short. Ela o vestiu no banheiro, enquanto isso vesti o meu, que era igual o dela, porem da cor roxa.

Brenda saio do banheiro, e foi um pouco impossível não olhar. Brenda é magrinha, cintura fina, bumbum grande, branquinha como uma folha de papel.

Simplesmente linda, um pecado em pessoa!

Ficou ainda mais naquele pijama. Desviei o olhar para que ela não percebesse que estava lhe secando.

Peguei um lençol e um travesseiro para ela. Dormiremos na mesma cama, minha casa é pequena, então não contém quartos de hóspedes. Pelo contrário, só contém um quarto.

O meu!

Deitei do lado da parede e ela na beira. Ficamos uma de frente para outra, apenas nos olhando, acho que não tinha nada para falar.

Seus olhos foram pesando e aos poucos se fechando, ela não demorou muito para cair no sono. Brenda parecia cansada, exausta na verdade. Fiquei a observando dormir. Percebi o quanto ela é perfeita, sua feição serena, tranquila, parecia um anjo e foi isso que ela foi hoje para mim.

Um anjo.

O meu anjo.

Acariciei seu rosto com a parte de cima da minha mão, deslizei meus dedos por sua testa, maçã do rosto, bochecha até chegar em seus lábios. Passei meu polegar por seu lábio inferior até seu maxilar. Encarei sua boca, não sei por que, mas lhe ver assim me deu uma louca vontade de beijar ela.

Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos. Fiz um leve carinho em seus cabelos. Brenda se remexeu virando para o outro lado, eu fiz o mesmo ficando de costas para ela antes que fizesse uma loucura.

Suspirei fechando os olhos, depois de algum tempo também consegui dormir.


***

Sábado de manhã. O dia que iria sair com a Brenda, ou apenas o dia role mesmo. Mas depois da noite anterior já nem importava que dia era ou o que teria.

Me espreguicei me virando para o lado. Coloquei a mão onde ela tinha dormido, mas ela não estava mais lá.

Fechei os olhos brevemente na inútil tentativa de quando os abrisse ser apenas um sonho ou uma brincadeira. Pensei que a noite anterior poderia ter sido apenas um sonho ou ela era igual ao irmão, mas a segunda hipótese eu descartei.

Impossível serem iguais.

Sentei na cama esfregando os olhos, olhei para o lado e vi um papel encima do meu criado mudo, ele estada em baixo do meu celular, imediatamente peguei para ler:

" Bom dia, linda. Desculpa ter saído sem avisar, mas você estava tão bela dormindo que não quis te acordar. Tive que ir embora cedo, tenho algumas coisas para resolver, além de devolver o carro do meu irmão. Te vejo mais tarde. Tenha um ótimo dia.
Beijos
ASS: Brenda ♡"

Me joguei para trás com o bilhete contra o peito. Aquele pequeno bilhete me fez sorrir como uma boba, sua delicadeza chega a ser apaixonante. Mas talvez provavelmente ela trate todos assim. Com extremo carinho. Então não vou me iludir, apesar de ter ficado feliz pelo bilhete que ela aparentemente escreveu com tanto carinho.

Levantei indo logo ao banheiro, fiz minha higiene matinal. Tomei meu inseparável e bom café, logo depois comecei a fazer uma faxina em casa.

Acabei por volta de uma hora da tarde, fiz um lanche rápido, estava cansada de mais para fazer almoço. Tomei um banho e deitei na cama para ver um filme qualquer, na esperança que o dia passasse mais rápido e chegasse logo a noite. No meio do filme meu celular tocou.

Lucas!.

Pensei em não atender, mas isso poderia resultar em sua vinda até aqui, então contra minha vontade atendi, se tínhamos que resolver algo, que façamos de uma vez, não quero prolongar mais isso.

- Me perdoa, por favor, eu sei que errei. - Começou a falar sem me dar oportunidade de dizer qualquer coisa. Sua voz tinha um tom de desespero.

- Eh, pedi perdão agora é um pouco tarde. - Meu tom era áspero e cortante.

- Precisamos conversar, não acha?

- sim, acho.

- Sei que esta brava e magoada comigo. - suspirou pesado. - Minha irmã não quis conversar comigo hoje e não me disse nada. Mas pela cara dela eu entendi tudo. - Seu tom de voz diminuiu, como se quisesse chorar. - Posso ir aí hoje para conversamos?

- Sua irmã foi um anjo comigo. - Lembrei da noite anterior, foi impossível conter um sorriso em meu rosto. - Não! hoje não posso, vou sair a noite, inclusive é com sua irmã. Ela quer me distrair um pouco. - Odeio tratar quem quer que seja assim, seca, com indiferença, mas nesse caso ele merece.

- Ela não disse que iriam sair, nem disse que eram tão amigas assim. - Revirei os olhos.

- Ela não te disse porque ela não te deve satisfação, e sim, somos muito amigas. - Respirei fundo para não perder o controle. - Se quiser pode vir amanhã.

Desliguei antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, não suporto mais ouvir sua voz. Lucas está arrependido agora, mas se eu o perdoar fará tudo de novo e quem sabe até pior.

Voltei a assistir o filme, a fim de esquecer um pouco de tudo.

A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora