Elizabeth é a típica menina do colegial, intelectual mas diferente de muitas, arrogante. Ela só quer terminar o ensino médio e nunca mais ver as patricinhas e os garotos que se acham as últimas maravilhas do mundo.
Mas apesar de ser inteligente sua...
- Ela já foi embora? - Meu tio entrou na sala, com um balde de pipoca. Se jogou no sofá ao meu lado. Mudei o canal da televisão, entendiado.
- Quem? - perguntei pegando um pouco da sua pipoca
- Elizabeth. Quem ganhou o jogo?
- Sim, ela foi. E foi San Antonio Spurs, Chicago Bulls não está com nada.
- Engano seu, Chicago Bulls está entre os melhores times. E o que sua namorada veio fazer aqui?
- Ela não é minha namorada - enchi a mão de pipoca, relaxando os pés na mesa de centro - Chicago Bulls ultimamente está perdendo muito, isso o torna de que maneira melhor?
- Estão perdendo, mas pode se rerguer. Não é sua namorada mas quando você era mais novo era apaixonado por ela.
Olhei pra ele de testa franzida, ele encheu a boca de pipoca e então falou:
- A garota vivia vindo aqui com a mãe dela, Daniel. Sua mãe obrigava você a ser receptivo mas você era receptivo demais - ele riu - Não era preciso te perguntar ou observar mais para saber, era óbvio que você tinha quedinha por ela.
Encostei a cabeça no sofá
- Você só fala merda - murmurei, ignorando ele totalmente enquanto eu colocava num filme qualquer. Por um bom tempo meu tio ficou desempregado, até que ele achou sua vocação e emprego dos sonhos. Ser professor de uma academia.
Sempre foi apenas e minha mãe, meus pais haviam se separado há anos.
- Qual é Daniel...
- Estamos falando de que agora?
- Tira desse filme - bateu na minha cabeça - Desde quando gosta de romance?
Foquei na Televisão só agora percebendo um casal se beijando. Reviro os olhos mudando de canal novamente. Eu vou acabar quebrando esse controle de tanto que aperto esses botões mudando de canal.
- Sua mãe vai brigar com você se ver seus pés em cima da mesa de centro dela. - meu tio murmurou, o barulho irritante da pipoca.
- Ela não chega agora, chega daqui meia hora.
Ouvimos barulho na porta, abrindo e fechando. Minha mãe colocou o casaco no armário e então olhou para nós
- Oi, já jantaram? - perguntou e então focou nos meus pés, olhando diretamente para mim - Tire a merda dos seus pés de cima da minha mesa de vidro!
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Sua cabeça estava inclinada para o lado enquanto prestava atenção no que o professor falava. Com seus cabelos presos em um coque eu conseguia ver os movimentos que ela fazia. Seu lápis de escrever na mão esquerda com a ponta passando levemente entre seu pescoço e seu ombro. Sua pele clara deixava óbvio o quanto estava arrepiada, mas ela parecia nem notar. Parecia gostar da sensação ao mesmo tempo que não notava que fazia.
