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ELIZABETH MOORE

   Provavelmente era mais de meia noite quando cheguei em casa. Daniel me deixou na porta de casa com o carro da mãe dele, tive que me controlar para não dar um soco nele durante o caminho de volta, ele não calava a boca, falando que a mãe dele ia ficar puta se visse o banco da frente todo molhado. Felizmente meu pé não estava mais sujo, porém o cheiro irritante continuava. Da mesma forma que como Daniel se molhou de corpo inteiro, as roupas obviamente molharam e acabaram molhando o banco de motorista do carro.

As luzes estavam apagadas, abri a porta com minha chave e estava quase dando um ponto para Daniel, porque minha mãe realmente pareceu não se preocupar por eu ter saído com ele. Mas retirei meu ponto logo em seguida, porque assim que entrei pela cozinha as luzes se acenderam,

E lá estava ela.

De roupão branco, cabelos presos no alto da cabeça e seu óculos de leitura. E não pode faltar os braços cruzados e a cara feia. A perfeita pouse de mãe quando está preste a gritar com o filho.

- Oi mamãe - Falei abrindo um enorme sorriso

- Onde diabos você estava Elizabeth Moore?

- Não teve plantão hoje?

- Elizabeth Moore!

-Margareth não te avisou?

- Margareth estava dormindo com direito a ronco quando cheguei.

Bufei

- Vou perguntar de novo e espero uma resposta, onde diabos você estava? E porque não levou seu celular ? Cheguei em casa e não encontrei você, tentei acordar sua irmã e ela apenas balbuciou que você tinha saído. Tentei te ligar, advinha? Seu celular estava tocando a metros de distâncias de mim! Você agiu de uma forma irresponsável Elizabeth! Custava me ligar? Custava deixar ao menos um bilhete? São quase uma da manhã e amanhã terei que estar cedo no hospital!

- Mamãe, acalme-se! - Caminhei até ela. Ela ficou quieta e respirou fundo. - Estresse causa problemas no coração.

- Responde minha pergunta.

- Hum - Pensei um pouco. Se eu dissesse que estava no meio do mato ela provavelmente ia pensar besteira. Se eu dissesse que estava onde meu pai nos levou uma vez, perto de um lago ela provavelmente ficaria triste ao pensar no meu pai. Então fiz o que eu odeio fazer, eu menti. - Primeiro que essa pouse de mulher brava não combina com você. E eu estava estudando com Daniel.

Ela me olhou desconfiada

- Na casa dele?

- Não - pense rápido, pense rápido. - Na biblioteca perto da escola.

Continuou me olhando desconfiada

- E por que foram estudar lá?

- Bom - pense rápido de novo! - A Biblioteca foi o lugar mais silencioso que encontrei que faria ele se concentrar totalmente aos estudos.

- Está ajudando ele por quê?

- Porque sou um amor de pessoa e sou inteligente, ele pediu minha ajuda e como sou uma pessoa incrível, eu aceitei ajuda-lo.

A desconfiança não saia de seu olhar.

- A Biblioteca fecha 00h. Tudo nessa cidade fecha esse horário. Porque chegou quase uma da manhã?

- Porquê - pensar rápido não é comigo. - depois da Biblioteca fomos até o mercado 24h comprar uns lanches. Olhe para mim mamãe, acha mesmo que eu iria ajuda-lo sem nada em troca? Sou um amorzinho mas nem tanto.

QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE POR MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora