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ELIZABETH MOORE

- Elizabeth! - Ouvi ele me chamando.

Eu estava andando a passos largos pelo corredor em direção a saída do colégio.

Eu só quero ir embora desse lugar.
Mas ele segurou meu braço me impedindo de dar meu primeiro passo para fora dos portões do colégio.

- Elizabeth, para!

Ele me virou para ele. Meu peito subindo e descendo na mesma velocidade dos meus batimentos cardíacos.

- O que você quer, Daniel? Me deixa caramba!

- O que eu quero? Não é óbvio merda, eu quero você! - rosnou bem próximo do meu rosto

Minha respiração estava tão acelerada quanto a dele e por mais que eu sentia que deveria aceitar esse maldito sentimento, algo me impedia totalmente.

- Não parecia ontem quando você disse... - Comecei

- Esquece o que eu disse, Elizabeth. Porra, eu estava surpreso, com raiva sentindo todas e qualquer malditas emoções que não gostaria de sentir de novo. Eu sinto muito, e seja lá o que tenha acontecido de verdade eu acredito em você.

- Mas não deveria - sussurrei - Gostar de alguém faz isso sabia? Nos deixa cegos e vulneráveis.

- O que quer dizer?

- Quero dizer que eu transei sim com Paulo - ergui a cabeça ao dizer. Ele travou a mandíbula - Mas não foi agora, foi quando meu pai foi embora Daniel. Anos a atrás.

Eu podia ver o alívio no rosto dele, mas ainda sim confusão.

- Eu estava tão cheia de raiva, confusa, querendo crescer que eu acabei fazendo algo que não deveria. Mas no segundo que fiz me arrependi, e eu não fiquei quieta Daniel, eu falei para ele que odiei. No entanto eu também fui a primeira vez dele. Imagina? Sua primeira vez a garota simplesmente diz que não gostou e que odiou. Ele levou mal, eu também levaria mas ele ficou com raiva de mim. Por isso toda e qualquer oportunidade que ele tem de mexer comigo, ele faz.

- Acho que ele ainda gosta de você - Daniel disse

- Eu não me importo - dei de ombros - Apenas me deixe em paz, Daniel.

- Como assim? Já está tudo claro!

- Mesmo assim, acabou o que quer que nós tínhamos.

- Elizabeth, caramba! Que merda, o que mais preciso fazer para entender que me apaixonei por você?

- Daniel... por favor... - tentei para-lo

- Você é fodidamente diferente de toda e qualquer tipo de garota que eu conheço. Você me desafia, você diz quando estou errado, você é tão sexy, que merda, eu fico louco só de te imaginar ou ouvir a porra da sua voz!

- D-daniel...

- Eu amo a garota que você é, eu amo que me faz me sentir o idiota mais sortudo do mundo

- Daniel...

- Eu amo você, Elizabeth. Não demorou para eu perceber, mas eu sou fodidamente apaixonado por você desde que eramos crianças.

- CHEGA! - Gritei. Ele me olhava confuso

- Qual o problema? Por que não quer? Por que não me quer ?

Fiquei em silêncio, mas resolvi ser sincera

- Por que ficar com você significa amar você. Se eu te amar, junto virá a dor. E eu não me sinto preparada para isso.

Ele ficou em silêncio

- Tudo aconteceu ontem, e tudo o que aconteceu me afetou tanto emocionalmente, psicologicamente. Eu me senti uma idiota por julgar tanto as pessoas por sofrerem por outro alguém e estar fazendo o mesmo. O pior mesmo era me sentir idiota pelas emoções brigando dentro de mim. Você viu o que você disse quando me segurou? "Eu acredito em você", sem nem ao menos ouvir minha versão! Eu não me sinto preparada Daniel para ser cega por alguém e muito menos vulnerável, não me sinto preparada para isso!

- o que você quer dizer?

- Quero dizer que entregar meu coração para você é te dar duas opções, me amar ou me machucar. Eu sinto muito.

E sem mais, nem menos, virei as costas para ele e continuei andando.

Dessa vez ele não tentou me impedir.

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