Chegada à Kothar

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Semanas se passaram desde que Hinata enfrentara a górgona. Ela agora estava menos tímida, mais confiante e corajosa, nem parecia aquela menina amedrontada que chegara em Aura sem saber o que fazer ou que rumo tomar.

Demonstrou mais habilidade em lutar e manejar não só um bastão de luta, como também arco e flecha, shinai, sais e leques de ferro. Era uma excelente guerreira, quase invencível, e com uma força monstruosa. Podia quebrar concreto com as mãos, fazer árvores crescerem e curar animaizinhos feridos, e adquiriu bastante conhecimento com Ságitos, Danae e Haku sobre ser uma boa imperatriz para o seu povo. Mas não deixou de ser a mesma garota gentil e bondosa, e jamais deixaria.

Certo dia uma tempestade de neve impediu que saíssem para treinar; entretanto, isso não impediu de traçarem planos para invadir o palácio imperial de Aura. O porém desses planos era que a única pessoa que poderia ajudá-los nessa empreitada era a Sacerdotisa Vermelha, Mei Terumi, e há muito ela não mantinha contato.

— Me perguntava aonde ela estaria, já que só apareceu para mim uma única vez – comentou Hinata tomando um copo de chá de darjeeling.

— Na última vez que a vi, ela disse que iria ao palácio, mas eu não sei se era o dela ou o imperial – argumentou Sakura – Ela é meio misteriosa em algumas coisas.

— Qual a função daquela mulher aqui?

— Mei é a guardiã da coroa imperial, e uma mística poderosa. Sua função é proteger e guardar a coroa de quem quer que não possua a marca da lótus – contou a rainha Danae – Foi a única corajosa o bastante para não abandonar o palácio depois dele ter sido tomado pelos Otsutsuki.

— Mas não há nenhuma maneira de contatá-la? – perguntou Haku.

— Infelizmente não. Qualquer meio de se comunicar com ela é arriscado – disse Ságitos.

— Se pudéssemos contar com algum aliado... – Hinata pousou o queixo no punho, pensativa. De súbito, ouviram passos oriundos do lado de fora e imediatamente se ergueram, preparando suas armas. O chefe dos centauros pediu silêncio, e antes que pudessem reagir, a porta foi escancarada, fazendo entrar uma rajada de flocos de neve, e por ela passou um ser meio homem, meio bode, fatalmente ferido e coberto de sangue. Ele deu dois passos antes de cair, Hinata e Sakura foram acudi-lo, mas já era tarde.

— Quem mataria um pobre fauno dessa maneira? – indagou a rosada lamentando pelo homem bode. Danae ajoelhou-se para verificar seu pulso, e após uma breve avaliação, anunciou:

— Alguém decepou a língua dele, e essas marcas foram feitas por uma machado de dois gumes feito de marfim.

— Elefantauros, sem dúvida – opinou Haku. A Hyuuga percebeu que ele tinha a mão esquerda fechada, e forçou um pouco para abri-la. Havia um pedaço de pergaminho amassado, e desdobrou-o para ver seu conteúdo.

— O que tem aí?

— Aqui diz: “Em Kothar você encontrará ajuda. I.Y.”— Fitou o fauno morto penalizada. – Pobre fauno. Se sacrificou só para entregar essa mensagem.

— Essas iniciais me são familiares – Sakura pegou o pergaminho e o leu, esboçando um sorriso em seguida – E são. Se não estou enganada, elas pertencem à princesa de Kothar, Ino Yamanaka.

— A família real Yamanaka ainda é fiel ao imperador? – perguntou Haku um pouco descrente.

— Se ainda são, isso eu não sei. Só vamos descobrir se formos à Kothar – foi a resposta da rosada. Mesmo na nevasca, cavaram uma cova e sepultaram o fauno enrolado em uma mortalha.

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