O soldado e a princesa

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Como prometido, capítulo especial SasuSaku! Boa leitura!

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*Iarleen, quatro anos atrás*

O maravilhoso reino de Iarleen era um lugar próspero e feliz. As colheitas eram fartas, as flores belas e perfumadas, o ar limpo, o céu azul, as águas cristalinas…

Situava-se em uma região entremeada por vales e florestas, com grandes montanhas, onde se criavam bois, porcos, aves e carneiros. Dragões de todos os tamanhos e grifos cortavam os céus em bandos, voando para lá e para cá, vez ou outra capturando animais dos rebanhos dos criadores, que não se incomodavam com isso. O respeito pela natureza e pelos que nela viviam era mútuo.

Na cidade se encontrava de tudo: especiarias, bugigangas, ervas, jóias, perfumes… tudo da mais alta qualidade, ou então falsificado, ordinario. Crianças corriam, brincando alegremente, e se havia pelo menos um mendigo era alguém que não queria trabalhar, nem nada. As pessoas eram felizes, e nada faltava.

Entretanto, essa felicidade não se estendia até o rei, Kizashi. Sua Majestade vivia preocupado com o fato irremediável do reino ser a qualquer momento atacado pelo exército das trevas, e não era para menos: Iarleen era um reino rebelde, que não aceitava o governo opressor dos Otsutsuki; a família real e seus subordinados ainda eram fiéis ao antigo Imperador e desejavam que o mesmo ou alguém da família imperial retornasse para acabar com a tirania dos usurpadores.

O rei se encontrava nesse momento junto da rainha e de seus ministros e nobres na sala do trono discutindo este assunto. Era visível a preocupação do soberano, que tamborilava os dedos na ponta do braço de sua enorme cadeira.

- Majestade, nossas fronteiras estão fortemente guardadas e protegidas, nem mesmo o exército das trevas seria capaz de atravessar - disse um dos ministros, um senhor que usava oclinhos de meia lua.

- Mesmo que nossos soldados sejam fortes, o exército das trevas é extremamente poderoso - retrucou outro velhote. - Não se lembram que o reino de Reezan foi completamente aniquilado? O rei Pryor está morto, e nem mesmo sua real irmã pôde fazer algo para detê-los.

- Reezan já se encontrava enfraquecida mesmo antes do exército atacar - observou o mais fiel dos ministros, Lorde Jiraya. - O rei Pryor lutava para expulsar os seres do gelo das fronteiras há anos, perdeu muitos soldados até.

- Isso é verdade - concordou uma ministra. - Significa que devemos reforçar ainda mais a defesa de nossas fronteiras. Não concorda, comandante Fugaku?

O comandante do exército real, Fugaku Uchiha, era um homem sério e circunspecto, ignorando qualquer coisa relacionada a alegria. Trajava uma armadura negra com capa e um grande espadagão estava preso às suas costas. No instante em que a senhora lhe dirigiu a palavra, o comandante a encarou carrancudo.

- Certamente Lady Shima - falou respeitoso.

- Muito bem - o rei falou se erguendo com a rainha. - Daremos esta reunião por encerrada agora. Podem voltar a seus afazeres.

Os nobres se despediram fazendo reverências enquanto os soberanos se dirigiam para a sacada do palácio, de onde podiam observar os imensos e bem cuidados jardins.

- Você não prestou atenção aos nobres durante a reunião meu marido - observou a rainha preocupada. - Há algo mais que o aflige além dos Otsutsuki?

- Há sim minha rainha, não irei negar - confessou o soberano. - O futuro de nossa filha Sakura está em jogo. E também… creio que há traidores entre nós.

- Traidores?

- Hai. Alguém deseja a nossa queda, tal como desejaram a do Imperador. É alguém muito próximo de nós - ele falou gravemente.

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