Os mapas de Lanaeus

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Olá galera, alguém acordado ainda?
Peço perdão pela demora. O fato é que eu fiquei com o braço inutilizado e com isso impossibilitada de escrever. Mas agora que melhorei espero que gostem deste capítulo. Boa leitura!

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Pouco mais de uma semana se passou desde que Naruto e Kurama haviam chegado à campina dos exércitos. Um clima constrangedor e de extrema desconfiança se instalou entre os aurianos, e mesmo que o Uzumaki nada fizesse de errado era mantido sob constante vigilância. O rapaz esforçava-se ao máximo em seu treinamento, fazia o que lhe era mandado, mas mesmo assim ninguém confiava nele.

Nem a própria Hinata. A moça, prestes a completar 19 anos, não conseguia dar ao rapaz uma chance de provar que não era um traidor como todos pensavam. Ainda estava confusa e perturbada com o abraço que ele lhe dera naquele dia, sem contar que não parava de pensar em sua família e em uma maneira de salvá-los. A rainha Kurotsuchi, o rei Chouji e o rei Orochimaru a incentivavam a preparar os exércitos e organizar um assalto ao palácio imperial, porém algo dentro de si dizia-lhe para esperar o momento certo, algo que Sakura, Haku, Sasuke, Danae e Ságitos concordavam.

Um dia antes de seu aniversário Hinata foi fazer um passeio solitário pela praia da península, ostentando um simples quimono verde-esmeralda e uma coroa de lírios brancos. O sol brilhava no alto e a temperatura estava amena, apesar do vento forte que fazia. Sentia-se pensativa e melancólica, era como se faltasse alguma coisa. Ao longe, golfinhos e sereias saltavam.

Parou um instante para apreciar o mar calmo e nem percebeu que, do alto da colina, Naruto a observava. O rapaz preparava-se para ir treinar arco e flecha com Ságitos quando a viu descer para a praia, vendo nisso a oportunidade perfeita para poder conversar com ela e lhe mostrar o papel. Desceu a colina e aproximou-se sem hesitar, decidido. Hinata notou a presença dele e virou-se, o vento balançando seus cabelos.

– Não deveria estar treinando? Que eu saiba você ainda não está pronto - disse ela encarando-o.

– Ainda tenho muito tempo. Eu preciso de verdade falar com você - falou sem se alterar.

– Imaginava que já tinha me dito tudo.

– Disse somente o que os soberanos precisavam saber. Não o que você precisa saber.

– E o que tem de tão sigiloso a me dizer que eles não podem ouvir? - Hinata cruzou os braços em uma postura endurecida. Não conseguia mesmo confiar no loiro.

– Eu compreendo que não confie em mim, que acredita cegamente que minha família traiu o império e também pelo que houve no mundo humano. Mas o que tenho a dizer é muito sério e foi predito por uma adivinha.

A voz do rapaz era tão firme e sua expressão tão decidida que por um momento ela ficou em dúvida. Entretanto, resolveu dar uma chance em escutá-lo, desfazendo sua postura e pondo-se mais reta.

– Muito bem. Diga o que tem a dizer.

Ele suspirou fundo e começou:

– Para começar, minha família jamais pensaria em trair o Imperador ou qualquer outro ser de Aura de modo tão mesquinho como a maioria pensa. Apesar de pouco conhecer dessa história, minha falecida prima e a adivinha amiga de minha família garantem que somos inocentes. Veja - tirou do bolso o papel que Karin lhe dera e o estendeu para a Hyuuga. - Sei que a outra parte está com você.

Hinata pegou o papel e reconheceu a caligrafia fina e rebuscada. Tirou do seu bolso o pedaço que sempre carregava consigo e juntou-os, de modo que, por meios mágicos, os dois se uniram, completando a mensagem: O clã Uzumaki não é o traidor.

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