O Mundo de Aura (+18)

A portadora da espada

Cheguei! Preparem-se para a ação galera!

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Lâmia não esperou e foi para cima de Hinata com tudo. A garota sentiu suas mãos tremerem no momento em que a espada do avô se chocou com a sua; tão forte foi o impacto, que sentiu o chão afundar sob seus pés. A fada tinha um sorriso maligno no rosto, prensava a espada com brutalidade enquanto a morena usava de toda a sua força para se livrar dela e avançar impetuosamente. Lâmia desviava dos golpes da garota sem dificuldade alguma, Hinata às vezes tacava a espada no chão, e após mais uma tentativa de atingi-la cansou-se, fitando-a sorrir debochadamente enquanto balançava a espada. Aquilo lhe causou uma onda de fúria, a fada lhe estava fazendo de idiota, não lutando realmente à sério.

As explosões não cessavam. Por mais que matassem os sátiros outros surgiam lançando mais e mais foguetes, e os titãs só complicavam a situação. O rei e a rainha defendiam o povo das harpias enquanto os encaminhavam para os subterrâneos localizados abaixo do palácio, e, como se não bastasse apenas as harpias, ainda tinham as acromântulas, que pareciam não se satisfazer apenas com a carne dos titãs. Por duas vezes Ino atirou flechas nelas para que se mantivessem afastadas dos aurianos e focar somente nos gigantes e nos elefantauros, mas de nada adiantava.

Hinata havia recuperado o fôlego e novamente atacava Lâmia. Um chute forte o suficiente para derrubar um prédio jogou a garota longe, destruindo várias casas no processo. Na última, pedaços de madeira e pedra caíram-lhe por cima, de modo que quase não conseguia se mexer. A fada soltou uma gargalhada ao passo que voava até ela, que por sorte não perdera os sentidos; todavia, tinha o ombro ferido e um filete de sangue escorria por sua têmpora e pelo canto da boca.

- Essa é toda a sua força Imperatriz? - Lâmia se aproximou e tocou seu rosto com o pé - Eu esperava mais.

- Você se acha poderosa só porque está com a espada do meu avô - falou com dificuldade, e jogou longe a tora de madeira que caíra sobre seu peito. A fada se afastou. - Mas não pode liberar o poder dela nem se quisesse.

- Realmente não. Mas apesar de não possuir a marca imperial eu posso facilmente te matar com ela.

Hinata quebrou o bloco de pedra que prendia suas pernas com um soco e se levantou, as pernas bambas se recusando a sustentar o corpo. Pegou sua espada segurando-a com as duas mãos e apontou para a fada, uma expressão determinada na face.

“Que droga. Minhas pernas estão tremendo demais. Tenho que acabar com essa luta e ir ajudar os outros.”

Lâmia avançou e brandiu a espada contra a garota, que só conseguia se defender. A fada parecia endemoniada enquanto a atacava, o atrito das lâminas produzindo faíscas. A cada impacto Hinata dava um passo para trás, porém conseguiu feri-la depois de deter mais um golpe, girando e encravando a espada em seu quadril. O sangue negro jorrou em jatos, mas Lâmia não se importou com isso. Afastou-a com um empurrão, porém Hinata deu um salto mortal para trás e pousou com classe no chão. Já não sentia mais suas pernas bambas.

Fitou o ferimento que fizera na fada e comentou:

- Imaginei que as fadas fossem imortais.

- Sou excessão graças ao seu avô e a esse maldito amuleto - fez sinal com a cabeça o apontando - E é por isso que irei destruir você e ele.

- Não vou deixar que faça isso! - E voltaram a lutar. Contudo, tiveram que se separar devido à um dos titãs ter quase caído em cima delas, criando uma enorme cratera. Hinata havia sido arremessada para longe, mas foi amparada por um dos Girtablidu a tempo. Já Lâmia voava três metros acima deles, fitando com desdém o titã caído.