Terra e mar

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Bom dia gente.
Para os fanáticos por sereias, aqui vai um capítulo especialmente para vocês. Espero que gostem.

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Duas semanas se passaram desde a batalha em Kothar. Ao fazer as contas, Hinata percebeu que já havia se passado três meses desde que chegara à Aura e perdera a família. Às vezes parecia inacreditável que tudo aquilo tinha realmente acontecido. Se a morena desejou um dia uma vida simples e normal, isso já não era e nunca seria possível.

Como todos ao seu redor, ela também ficara impressionada ao saber ser resistente ao fogo. Lembrava-se de pouca coisa, mas as imagens ainda lhe eram nítidas: o momento em que caiu na pira com os Leões Gêmeos, quando momentaneamente perdeu os sentidos, e ao dar por si, notar que o fogo não estava nem morno… Era o máximo que conseguia lembrar.

O dragão bebê cresceu e evoluiu muito nessas semanas. Tinha agora o tamanho de um cachorro e já voava, só não cuspia fogo. Apesar de ter crescido espantosamente em tão pouco tempo, e ser um pouco mais independente, conservava um olhar dócil e curioso. Não saía de perto da Hyuuga e gostava de que lhe fizessem carinho. Já Aryeh e Lanveh mudaram somente na aparência, pois no modo de agir ainda eram os mesmos filhotinhos brincalhões. Em batalha eram destemidos e amedrontavam qualquer um, e eram capazes de cuspir fogo. Eram também os responsáveis por acender as fogueiras durante a noite quando paravam para acampar.

Mesmo que tentasse esconder, Sakura estava realmente incomodada com a presença de Sasuke. Para ela não passou de uma desculpa o Uchiha ter dito que iria acompanhá-los até Murah para ajudar e proteger a Imperatriz; o que ele realmente queria era vigiar ela, Sakura, agora por quê ou para quê ela não sabia. O detestava com todas as forças, nunca o perdoaria pelo que acontecera em  Iarleen. Esperava que a qualquer momento ele fosse trair a todos; não passava de um canalha, um maldito, que não a enganava com seu rosto bonito e sério que um dia lhe foi capaz de tirar suspiros apaixonados. O moreno por sua vez não fazia nada de errado, e só queria o bem de Sakura, além de contar exatamente o motivo de ter feito o que fez.

Nessas semanas de viagem atravessaram colinas, matas cerradas e regiões desertas sob calor e um sol de rachar. Chovera apenas uma única vez, mas não foi suficiente para abrandar o calor. Em Kothar o rei Inoichi dissera-lhes que para chegar à fronteira de Murah, além de passar pelo que já passaram, teriam que enfrentar uma esfinge monstruosa. A criatura guardava a muralha da fronteira, e só deixava passar por ela quem conseguisse adivinhar seus difíceis enigmas. O único de quem se tinha conhecimento de ter conseguido atravessar a muralha por dar a resposta certa à criatura foi um esperto viajante cujo nome era desconhecido, e isso já fazia muito tempo.

Faltando apenas mais dois dias de viagem pararam para descansar perto de uma cachoeira com um laguinho límpido, cuja vegetação exuberante dava um ar ainda mais belo ao local. Hinata adorava lugares como aquele, e não foi à toa que a rainha Danae pediu para acamparem ali, já que conhecia o gosto da Imperatriz pelas belezas naturais.

Enquanto as amazonas e os centauros montavam as tendas, Haku e Sasuke foram procurar lenha para fazer fogueira e as garotas foram pegar água e explorar o local com os Leões e o dragão bebê, este pousado nas costas de Aryeh.

- Sakura-chan, você já viu uma esfinge alguma vez? - perguntou a morena enquanto andavam por uma trilha.

- Não, apenas ouvi falar. Dizem que as esfinges são criaturas sagazes, e seus enigmas impossíveis de serem adivinhados. Se não conseguem uma resposta certa, elas matam e devoram.

- Qual será o tipo de enigma que a esfinge da fronteira vai nos propor?

- Vai depender se será lógica ou simples. Eu francamente sou péssima com adivinhações.

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