Capítulo III

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Caio Oliveira

A menina era bem valente. Bateu em mim mesmo. Ainda estou todo dolorido. E a safada é gostosa pra c*ralho, saiu rebolando aquela bunda dela. Só espero não encontra-la por aí pois ela pode me ataca. Limpo o sangue com um pano de prato que encontrei.

O celular vibra em cima da bancada e me aproximo da mesma pra pegar-lo. Desbloqueio a tela e vejo que recebi uma mensagem no whatsapp. É uma mensagem da minha mulher.

Vida❤🔐

Vida❤🔐: Oii amor!! Bom dia!! estás acordado? - 09:23

Eu: Bom dia, vida! Acordei agora pouco. Trabalhei a noite toda😴 - 09:25

Vida❤🔐: Descansa então, querido, porque estou voltando pra casa e estou com bastante saudade😉 - 09:26

Eu: Como está o meu sogro?- 09:28

Vida❤🔐: Melhorou bastante, por isso estou voltando. Minha madrasta😝 ficará com ele. - 09:30

Eu: Que bom. Vou sair aqui. Quando você chegar conversamos😏 - 09:32

Vida❤🔐: Ta bom, vida. Te amo - 09:32

Eu: Eu também - 09:33

Deixei o celular em cima da bancada novamente e vou em direção à geladeira. Apanho uma compressa de gelo e coloco no meio das minhas pernas para amenizar a dor que aquela vadia gostosa me causou.

Ela não deveria ter feito isso. Irei procura-la no puteiro que ela trabalha e infernizar a sua vida. Eu tratei ela de acordo com o que ela é — uma puta, vagabunda. Oferecida, ela deve dar pra qualquer um que aparece na sua frente.

Se minha mulher descobrir que eu a traí, ela vai me matar. Mas eu não me importo. Eu nunca amei-a. Também nunca disse que a amava. Ela sempre diz "Eu te amo" e eu simplesmente respondo um simples "Eu também". Minha mãe me ensinou antes de partir que não devemos gastar essas três palavras em vão.

Ela tinha câncer no fígado e quando descobriu isso, já era tarde demais. Ela era jovem ainda. Meu pai tinha nos abandonado quando eu tinha 5 anos de idade. Eu odeio ele por isso, nem me lembro muito bem da sua cara. Mamãe chorava todos os dias por causa daquele desgraçado, abraçada a uma das suas fotos. Mas ela superou e eu criei um ódio e um rancor enorme por esse homem.

Voltei pro meu quarto e deitei na cama. Me envolvi em varias lembranças da noite passada. O cheiro dela ainda estava nos lençóis e travesseiros. Era um cheiro diferente de todos, e diferente é bom. Acabei adormecendo com esses pensamentos.

(…)

Acordei sentindo beijos no meu pescoço e costas. Sorri sabendo que se tratava da Lari. Ela sempre faz isso pra me acordar e eu adoro esse seu jeito fofo de ser, mas amo as marrentinhas que eu possa dominar, heheheh.

One Shot, Two LovesOnde histórias criam vida. Descubra agora