Capítulo IV

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Amina Antunes

Assim que saio da casa daquele desgramado chamo um uber pra mim ir pra casa. Espero uns cinco minutos e o uber chega. Entro e um rapaz muito bonito que conduzia. Ele tinha um som muito foda, Ela que do Mc Davi, eu acho.

- Onde a senhorita quer ir?- ele pergunta.

- Rua xxxxx xxxxx ( inventem, obrigada )- peço e ele começa a conduzir pra lá.

A música é muito envolvente, caracteriza uma menina forte, que não se abala com nada e é malokeira. O que aconteceu hoje me deixou bem mal, sabe. Mas eu não vou me abalar. Vou ser forte e seguir em frente igual muitas meninas que tiveram os seus corações partidos.

Não vou ser mais essa menina que chora por qualquer coisa, que se derrete por qualquer um. Eu não vou mais me iludir e nem deixar que me iludam. Nunca mais irei me apaixonar, eu prometo.

O moço parou o carro em frente a minha casa e já se podia ver alguns carros da polícia em frente. O que será que aconteceu? Ai meu Deus! Eu não acredito que meus pais chamaram a polícia.

- Deu 79 reais.- o moço diz e entrego uma nota de cem a ele.

- Pode ficar com o troco pra você.- digo e saio do carro.

Assim que saio posso ver que tinha cerca de cinco carros da polícia em frente à casa. Tinha também alguns policiais na rua conversando. Vou em direção à casa e um deles me barra na entrada.

- Posso saber quem é você?- ele pergunta com os braços cruzados.

- Amina Antunes. Agora me deixa passar.- ele sai da minha frente.- Obrigada!

Entro em casa e vejo minha mãe aos prantos junto da minha irmã e da Sophie. Ando em direção a elas e vejo meu pai saindo do escritório dele com um policial. Ao me ver, ele vem em minha direção com passos largos. Dou alguns passos pra trás mas não são o suficiente. Ele segura o meu braço e me abraça...

Espera, quê?

Meu pai me dá um abraço apertado me deixando sem ar. Sinto outros três pares de braços ao meu redor e sei de quem são. Minha mãe acaricia meus cabelos e sinto uma vontade de chorar enorme. Tento reprimir a minha vontade mas não consigo. Choro de soluçar. Depois de uns minutos, consigo me acalmar e saímos do abraço. Minha mãe limpa minhas lágrimas e me dá um beliscão no braço.

- Aiii, mãe! Porquê disso?- pergunto alisando meu braço.

- Eu vou te matar, sua filha da puta.- ela diz calmamente e sinto um frio na espinha.

- Delegada, posso dispensar os homens?- pergunta um guarda.

- Claro, sargento João. E peça desculpas pelo transtorno.- ela diz e o cara sai fechando a porta.

- Amor, prepara um ABEIS Corpus pra mim. Eu vou matar essa menina.- minha mãe pede ao meu pai.

- Claro. Pode bater a vontade. Dessa vez ninguém te defende, Amina.- meu pai avisa.

É, minha mãe é delegada e o meu pai é um dos advogados mais renomados do Rio. Minha mãe já prendeu muito bandido e meu pai já tirou vários inocentes do prejuízo. Eles se conheceram em uma conferência e se apaixonaram, dando origem a mim e a minha irmã.

Mas, voltando, minha mãe tirou uma chinela não sei de onde e começa a me perseguir. Corro pra cozinha, onde encontro a dona Mel - cozinheira daqui de casa e minha segunda mãe - fazendo o almoço - que parece ser lasanha, minha comida favorita - e fico atrás dela pra minha mãe não me pegar. Ela ameaça jogar a chinela e corro pra perto da ilha.

Começamos a correr em volta da ilha, quando minha mãe ía pra um lado eu ía pra outro, até que ela cansou e jogou a chinela que me acertou bem no meio da testa. Doeu pra porra, eu até parei de correr porque senti uma tontura.

É, eu sou exagerada.

- Aii, mãe! Eu vou morrer.- choramingo e ela vem em minha direção.

- Ih, vai ficar roxo aí. Vem colocar gelo, meu amor.- ela pede.

Minha mãe e muito bipolar. Ela apanha uma comprenssa e me ajuda a levantar. Dona Mel só sabia rir mas eu lancei um olhar mortífero pra ela que parou na hora. Fomos pra sala e o meu pai e as meninas estavam sentados no sofá rindo. Quando me viram explodiram na gargalhada e minha mãe se juntou a eles.

- Deixa eu ver a tua testa, filha?- meu pai pergunta com dificuldade por causa do riso.

- Não.-respondo emburrada.

- Por favor, anjinho. Eu prometo que não vou rir.

- Tá bom. Mas se alguem rir eu não falo o que aconteceu.- chantagiei e eles assentiram prendendo o riso.

Tiro a compressa e eles riram exageradamente. E eu apenas me levantei e fui pro meu quarto. Não queria falar o que aconteceu mesmo. Eu só quero esquecer esse episódio ruim que aconteceu pra sempre. Tomei um banho e fui dormir.

(...)

Um mês depois

Acordei bem disposta. Hoje eu vou correr um pouco, quero ser fitness. Me levanto e vou pro banheiro, faço minhas higienes, tomo banho sem molhar o cabelo. Termino o banho e vou pro meu closet, visto uma langerie preta, apanho roupa de ginástica e visto também, coloco desodorante, creme corporal e um pouquinho de perfume.

Vou pra cozinha e, como ainda estava cedo, não tinha ninguém. Faço um um suco detox, coloco na garrafa e saio. Antes de começar a correr chegou uma mensagem no whatsapp. Era de um número desconhecido.

Desconhecido

Desconhecido: Oii, linda😌.- 07:15

Eu: Quem é você?- 07:16

Desconhecido: O seu maior pesadelo. O cara que te comeu e tu nunca vai esquecer😏- 07:18

Assim que recebi essa mensagem, só veio uma pessoa na minha cabeça. Caio.

Eu: Como é o teu nome?- 07:20

Desconhecido: Caio Oliveira.- 07:21

O que esse demônio quer comigo agora. Será que ele quer se vingar? Não. Ele me tratou mal e eu dei o troco nele. Ele é um idiota. Mas como sera que ele tem meu número? Eu não dei a ele naquele dia. Ou dei? Mas porquê depois de um mês ele me manda mensagem? Quantas perguntas!!!

Nem vou mais treinar...

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N/a: Eae, cremosas. O que acharam. Deixem seu like e comentem, por favorzinho.

One Shot, Two LovesOnde histórias criam vida. Descubra agora