One Shot, Two Loves

Capítulo XII

Amina Antunes 1/2

Entro no consultório, a doutora Adraia recomendou a irmã dela, Adriana, que é obstetra e vai acompanhar a minha gravidez. Ela estava sentada na sua cadeira e assim que nos avistou, levanta-se pra nos cumprimentar.

- Bom dia! Chamam-me Adriana Ferreira e irei cuidar da nossa grávida, que é a..?

- Sou eu, meu nome é Amina Antunes.- respondo.

- Ah, claro. Sentem-se.- ela pede com um sorriso.

Sento-me em uma das cadeiras da sua mesa, junto à minha mãe que senta na cadeira do meu lado. Já Amora e Sophie sentam-se nas poltronas que tinha ali.

- Você podia me dar os seus dados, por favor?- ela pergunta.

- Sim. Meu nome é Amina Antunes, como já disse. Tenho 17 anos.- digo apenas e ela me olha sem expressão.

- É nova ainda. Isso pode até complicar um pouco a sua gravidez, mas temos de fazer exames pra poder ver se será uma gravidez normal.- ela comenta e se levanta.- Vamos fazer alguns exames antes da ultrassonografia.

Faço os exames como medir o peso, tirar a pressão, o diâmetro da minha barriga, etc. Depois de alguns minutos ela me encaminha pra uma sala fria e com pouca luz. Ela pede pra mim deitar na maca e levantar o vestido. Faço isso depressa, pois quero ver logo esse bebê.

Ela coloca o famoso gel gelado que me causa arrepios. Ela começa a passar uma máquina pelo meu ventre e uma imagem um pouco confusa aparece na tela. Ela aperta um botão e começa a ecoar um som de batimentos rapidos pela sala.

- Esse é o coração do seu pequeno. Você está de quatro semanas e meio.- ela diz e sinto lágrimas quentes descerem pelas minhas bochechas. Não mais lágrimas de tristeza e frustração, lágrimas de alegria. Sinto os batimentos rápidos do meu coração e reparo que tanto minha mãe como as minhas irmãs estão no mesmo estado que eu. A doutora nos mostra um ponto negro na tela, pequenino, quase imperceptível. Meu filho.

- É tão pequeno.- Amora se manifesta.

- É, mas vai crescer e ser lindo/a.- minha mãe acrescenta sorrindo.

- E eu vou ajudar a cria-lo com todo amor e carinho possível.- Sophie comenta e eu só sei chorar e sorrir.

- Ele é muito pequeno. Mas foi bom ter sido descoberto cedo, pois ele não está cituado numa posição adequada, o que levará a complicações no futuro próximo. Vai ter que dobrar os cuidados, mocinha.- a médica recomenda. A minha respiração acelera. Agora que eu aceitei o meu filho não quero perde-lo. Olho pro lado e as outras estavam sérias.

- Ela corre risco de ter um aborto espontâneo?- pergunta minha mãe séria.

- Sim, a gravidez é de risco. Mas podemos reverter a situação, ela tem que tomar alguns cuidados especiais e se seguir algumas recomendação que lhe direi, a gestação pode ocorrer bem.- a médica explica e meu coração aperta, não consigo controlar os soluços.

- Eu não quero perde-lo, mãe! Não quero...- digo entre soluços e mamãe vem me abraçar. Isso me conforta um pouco e paro de chorar.

Adriana me dá um lenço de papel pra limpar a barriga. Faço isso e vamos para a outra sala. Ela receita algumas vitaminas e faz algumas recomendações. Ela escreveu uma lista enorme, maior que a do mercado lá de casa. Ela me entregou a lista e um envelope lacrado.

- O que é isso?- pergunto curiosa.

- As primeiras fotos do seu bebê.- Adriana diz com um sorriso.

Ela nos libera e minha mãe decide que vamos comer em um restaurante qualquer.

(...)

Chegamos em um restaurante na Barra, era um lugar chique. Tinha pessoas vestidas bem, esbanjando riqueza. Sentamo-nos em uma das diversas mesas e esperamos pra ser atendidas. Um garçon chega e entrega o cardápio.

- O que vão querer?- minha mãe pergunta.

- Eu quero lasanha de carne picada, acompanhado de arroz, com uma salada verde. Ah, vou querer um suco natural de acerola pra acompanhar.- peço e o garçon anota tudo.

- Tu come muito, hein, Amina.- Sophie resmunga.- Vai ficar mais gorda do que já é.- ela diz e estreito meus olhos pra ela.

- Vai se fud...

- Olha a boca menina. Que falta de educação é essa, porra?- minha mãe me interrompe. Caio na gargalhada e as meninas me acompanham. Nem o garçon fica de fora. Já minha mãe, fica com uma cara confusa.- Qual é a graça?- ela pergunta com a cara fechada fazendo a gente parar.

- Esquece, mamãe.- Amora diz.

O garçon anota o pedido das outras vai pra cozinha, eu acho. Ficamos conversando sobre o bebê, o sexo dele, etc, etc. Peço licença e vou pro toalete. Amora me acompanha alegando que eu não posso ficar sozinha de jeito nenhum. Acho que agora vou ter que dormir acompanhada também, aff!!

Enquanto caminhamos, observo as pessoas que estavam presentes comer e conversar. Viro o rosto pro lado esquerdo e o que vejo me deixa estagnada no lugar. Amora que estava ao meu lado repara que fiquei pra trás e me chama.

- Min, você não vem?- ela pergunta mas não me mexo.- Amina, você está me assustando.- se a situação fosse outra eu até ria, a minha irmã é muito medrosa. Mas eu estava ocupada olhando pra mesa em que Caio estava sentado com uma bela mulher de cabelos loiros.

A mesma se inclina pra falar algo para ele e repara em mim. Ela me olha de cima a baixo e fala algo pra Caio e o mesmo se vira em minha direção. Assim que o meu olhar se encontra com o meu sinto o meu coração acelerar. Ele fecha a cara na mesma hora.

- Amina quem é esse cara?!- Amora pergunta exasperada.- Eu vou falar pra mãe.- ela começa a andar em direção à nossa mesa e isso me fez sair do transe.

- N...não! Vamos pro toalete.- digo e começo a andar na frente. Minhas pernas tremiam e eu tinha medo de cair no chão. Assim que chego me apoio na pia respirando fundo. Amora entra logo em seguida.

- O que aconteceu lá fora? Quem era aquele homem? Você tá bem? Responde Luna!!- ela pergunta mas eu só consigo deixar lágrimas caírem com as lembranças que invadiram a minha mente.

Hormônios!!

Ao ver o meu estado, ela me abraça e choro molhando a sua camisa. Ouço a porta ser fechada e levanto a cabeça vendo ele. Caio tinha uma carranca e estava de braços cruzados. Amora logo me soltou e ficou na minha frente.

- O que você que aqui?- ela pergunta.

- O que você ta fazendo aqui, sua vadia! Está me perseguindo?- ela fala e eu choro mais pela humilhação.

- Não fala assim da minha irmã. Ela não pode se estressar.- Amora me defende.

- Não se meta. Ela é uma puta e eu quero saber o que quer aqui.- começo a soluçar.

- Amina, calma. Não escuta o que ele está dizendo, pode afetar o bebê.- minha irmã tenta me acalmar.

- Você está grávida?! Não deve saber nem quem é o pai...- ele debocha e eu me irrito.

- Muito pelo contrário, eu sei quem é o pai e ele está bem na minha frente.- digo e ele arregala os olhos. Na mesma hora a mulher que o acompanhava entra no toalete.

Fudeu!!!

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N/a: Oie, desculpa a demora! Turubom? Votem e comentem, please.

Xoxo❤