Reviver...

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Pov Christian

- Devia ter pensado nisso anos atrás antes de deixar minha mãe morrer naquela mesa de cirurgia. - Grito e meus olhos já estão cheios de água.

Ele fica me olhando como se eu o tivesse apunhalado com a mais afiada lâmina e permanecido com minha mão ali, apenas o maltratando com o objeto encravado em seu peito.

- Você sabe bem que eu não podia fazer nada! - Sua voz é quase um sussurro, mas não me comove.

Afirmo com todas as letras, que o que me move nesse momento é raiva retraída por anos.

- Ana, quero que suba com Jamie. Depois conversamos! - Peço firme, alto e pra minha surpresa ela obedece.

Acompanho seus passos na escada, e quando já não esta mais no meu campo de visão respiro fundo.

Hora de reviver a merda do passado!

- Na época você poderia bem fazer alguma coisa, sua área era outra. Mas não, preferiu salvar a vida da sua amante do que da mulher que lhe jurou e provou amor eterno.- Levanto já sentindo o sangue subir e se concentrar apenas na minha cabeça.

- Elena estava grávida, eu tinha que da atenção a ela! - Argumentou quase gritando.

- De um filho que nem era seu trouxa! - Subo a voz na mesma intensidade que ele, e ficamos em silêncio por algum tempo.

Lembro perfeitamente da imagem da minha mãe, na sala de cirurgia depois de um acidente de carro com Elena, que se dizia sua amiga, lutando pra sobreviver.

Ela tinha acabado de descobrir que o pai do filho que a amiga carregava era supostamente meu pai, e os dois tinham um caso de anos.

Saiu descontrolada no volante, e bateu com todo gosto no muro de uma fabrica abandonada. Como era a condutora, sofreu o maior impacto, enquanto a outra apenas quebrou o braço e alguns arranhões pelo corpo.

Fui avisado ainda de madrugada e corri pro hospital com roupas de dormir. Encontrei Mia aos prantos na sala de espera e ficamos aguardando a excelentíssima presença do meu pai, que só apareceu pra atender a loira oxigenada.

- O estado em que Gail estava não cabia a minha área. - Se pronuncia mais uma vez, e só o som de sua voz já me irrita.

- Assim como não cabia a você salvar Elena, mas você fez questão de burlas as normas por ela, que te passou um chifre com teu melhor amigo. O jogo virou ne, e o resultado foi pouco perto do que você realmente merecia. - As palavras saem sem pudor da minha boca e não me reconheço.

Sempre me mantive calmo e compreensivo, mas esse homem consegue elevar meus níveis de stress e raiva ao extremo.

- Me culpo ate hoje, por ter escolhido errado. Minha vida tem sido uma merda desde que Gail se foi.- Suas palavras saem enroladas pelo choro recém iniciado e ele se levanta. - Ver sua mulher dizer que te odeia antes de fechar os olhos e morrer não é uma situação que saia da cabeça com facilidade.- Para a minha frente e a expressão de seus olhos fazem meu coração se comprimir.

Não terei pena de você agora!

- Não cabe a mim, e muito menos a Mia lhe perdoar por algo, quem você realmente machucou, não esta entre nós mais. - Minha vez de falar tão baixo, que me pergunto se ele me ouviu.

- Eu sei disso, e morro um pouco todo dia por isso. - Baixa a cabeça e passa as mãos de forma frenética nos cabelos.

- Eu só quero que saia daqui, por favor! - Peço já sabendo que não respondo por mim se esse assunto for adiante.

Sem hesitar, ele me olha por um tempo e se vai.

E como uma criança que não controla os sentimentos, uma vontade súbita me domina e choro parecendo não fazer isso a séculos.

Mesmo com a vista embaçada, alcanço o armário das bebidas, e encontro o mais velhos dos Uisques que mantenho em coleção. Sem cerimonia, abro o mesmo e bebo na boca.

A cada gota que desce rasgando pela garganta, é uma memória que me assola.

Lembro da minha mãe feliz, depois dela triste por ele.

E fico momentaneamente sem direção.

Com a garrafa em mãos, saio atrás da chave do carro, a encontrando na mesinha próxima a porta.

- Onde você vai? - Escuto Ana perguntar, mas preciso de espaço.

- Agora não Anastácia! - Digo sem paciência e saio.

Resolvo descer de escada, enquanto continuo a virar a bebida na boca.

Já no térreo, descido não sair, com medo de que algo ruim aconteça comigo me impossibilidade de viver intensamente meu amor por Ana e meu filho.

Sento no banco que tem ali, e fico pensando na vida enquanto o Uisque me faz companhia.

- Sabia que te encontraria aqui! - Sua voz suave faz meu peito se acalmar, mas a raiva ainda se faz presente.

~*~

Uma amiga e escritora do wtt teve sua obra denunciada hoje por motivos incorretos. E como já havia dito:

"Mexer com uma, é mexer com todas!"

Então, farei parte do time e deixarei aqui meu apoio pra que ela publique novamente a fic que conquistou sem duvida, muitos corações!

#VoltaUmaNovaChancePraAmar ❤

#TodosPelaAnaGrey2018

#TodosPelaAnaGrey2018

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