Pratos limpos... ou quase isso

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~*~*~
Pov Christian

Passam se alguns minutos sem que ela diga uma palavra, e apenas me encare fixamente.

— Ana, fala alguma coisa! - Peço e nada dela nem se mexer.

Então Jamie chora e ela acorda do seu "transe"

Remexe a cabeça e solta seu cinto, abrindo a porta e dando a volta no carro em seguida, de encontro a nosso príncipe.

Prefiro por hora, não insistir no assunto. Saio pegando as bolsas de nosso filho e aciono o alarme do automóvel.

Apresso o passo para acompanha la, já que, a mesma já estava quase na porta da clínica.

Fala com a rececionista, e vai sentar se com nosso pequeno em seu colo.

Tento uma aproximação sorrateira

- Amor, tá tudo bem? - Pergunto como quem não quer nada e ela apenas assente.
Odeio esse tipo de resposta curta.

O nome de nosso filho é chamado e vamos os dois juntos ate a sala do medico. Respiro fundo sabendo que vou mais uma vez da de cara com um passado que ainda não me faz bem lembrar.

Ana abre a porta e passa com um Jamie bastante sorridente, e vou logo atrás.
Pra minha total surpresa, quem se encontra aqui é uma mulher e não mais o homem que me traz lembranças tão ruins.

Uma jovem ruiva e muito sorridente, que atende Jamie com o maior carinho do mundo. Pergunto a sobre o pediatra que tem na ficha de meu filho, e ela se limita a responder que ele teve imprevistos que o impediram de vir.

Ana vez ou outra me olha, principalmente depois que indaguei a pediatra substituta sobre Carrick, mas se mantém calada.

Após o termino da consulta, ela coloca nosso filho na cadeirinha e pouco tempo depois estamos na estrada novamente.

Não demora muito, e estaciono na frente da faculdade dela.

- Conversamos sobre o assunto seu pai quando eu chegar em casa, esta bem? - Se aproxima e cola seus lábios nos meus.

- Tudo bem amor. - Ela faz menção de se afastar, mas colo nossos lábios mais uma vez, a procura de uma fusão entre nossas línguas. A beijo desesperadamente, e só largo por falta extrema de ar.

Ela sorri, e se flexiona pro banco de trás, a fim de dar uns beijos em nosso filho.

- Vejo meus homens mais tarde! - Sorri e sai.

- Agora somos só nos dói garotão! - Viro parte do corso pra trás, e brinco com seus pezinhos antes de dar partida e arrancar com o carro.

...

Jamie é o tipo de criança maravilhosa: Não faz birra, dorme como um anjo e come como um dragão.

Passar os dias e tardes com ele é extremamente tranquilo e ainda consigo resolver as coisas do escritório sem nenhum problema.

A noite vai caindo, e nada de Anastácia chegar.

Já liguei várias vezes, devido os resmungados cada vez mais altos de Jamie e nada dela aparecer ou atender.

Aquilo já começa a me preocupar, me fazendo andar em círculos pela casa por vários minutos seguidos.

Após um bom e stressante tempo de espera, a porta é aberta e um furacão cor mogno passa por mim escada a cima.

Quando penso em acompanha la, um raspado de garganta me faz olhar pra trás e vejo meu pai e seus olhos tristes parado me encarando.
Ele andou chorando?

- O que faz aqui? - Pergunto sem entender o por que dele esta na minha casa.

- Nós precisamos conversar, e de uma vez por todas! - Diz firme e com a voz baixa.

- Ouve seu pai amor, o que ele tem a dizer! - A voz de Ana me assusta, e me viro para ver la terminando de descer a escada com nosso filho nos braços.

Respiro fundo, e aponto pro sofá. Ele segue pra la a passos curtos, e eu ainda não sei por que estou aceitando isso.
Sento no outro de frente pra ele, e não sei como começar esse diálogo.

- Preciso do seu perdão! - Sai mais como uma súplica.

Não consigo evitar rir de escárnio.

- Devia ter pensado nisso anos atrás antes de deixar minha mãe morrer naquela mesa de cirurgia. - Grito e meus olhos já estão cheios de água.

Continua... 😉

Pequeno MilagreOnde histórias criam vida. Descubra agora