Sequestro

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...

Pov Christian

Me ajoelho no chão, e deito Ana em minhas pernas.

- Amor, pelo amor de Deus acorda! - Imploro passando a mão em seu rosto.

- Christian, dá-me ela aqui! - Pede Ethan,  surgindo em meu campo de visão somente pra erguer minha mulher em seus braços e leva-la pra longe de mim.

Não consigo pensar em nada, é como se meu corpo e mente estivessem totalmente extasiados e longe de orbita.

Devia ter dado ouvidos ao meu extinto, e não largado de Jamie um só minuto.

É então, que lembro com quem meu filho estava antes de sumir: Meu pai.
Uma raiva me sobe e levanto muito puto.

Ao longe, vejo Mia segurando um copo com água, enquanto Helena tenta fazer Anastácia voltar a consciência. Deitaram-na em uma das espreguiçadeiras da piscina e estão prestando os devidos socorros.

Caminho até lá, e paro nas costas de Ethan.

- Onde esta Carrrick? - Pergunto e ele aponto para o outro lado do jardim, onde esta um aglomerado médio de pessoas.

Caminho a passos largos até lá, e vejo meu pai conversando com minha sogra.

- Minha vontade era de te matar! - Esbravejo pegando em seu colarinho e o puxando com força.

- Não tive culpa Christian! - Defende-se com medo e tristeza visíveis em seus olhos.

Talvez eu esteja sendo equivocado demais!

Olho para os lados, e vejo todos me olhando bastante surpresos.

Merda!
A última coisa que quero é mais um motivo pra alarde.

O largo e espalmo a mão em seu peito,tentando disfarçar.

- Ele estava com você, imaginei que em segurança. O que aconteceu? - Pergunto tentando manter a voz num tom audível apenas pra nós dois.

Ele suspira

- Foi apenas um segundo em que tirei os olhos dele. - Lamenta baixando a cabeça.

Levo as mãos a cabeça e as passo por meu cabelo atordoadamente.

- Tinha deixado ele brincando com algumas crianças ali ... - Aponta pra perto da mesa de doces.
- E parei pra conversar com Helena. Quando virei pra conferir se estava tudo bem, ele não estava mais lá. - Continua ele, com as lágrimas caindo em cascatas por seu rosto.

Procuro respirar fundo, tentando processar todas essas informações.

Grace, tenho certeza que foi ela.
Mas, como aquela desgraçada entrou aqui?

Várias perguntas aleatórias rondam minha mente, e tudo que quero é achar uma saída e encontrar meu filho.

Pov Grace

- Cala essa matraca, coisinha zuadenta! - Grito tentando fazer com que este menino cale a merda da boca.

Não faz nem meia hora que peguei ele, e já estou com abuso.

Entrar naquele bendito aniversário deu um trabalho dos infernos, foi difícil alguém que aceitasse suborno ali. Até que um dos seguranças cedeu a mão molhada e me deixou pegar o menino.

- Quer acelerar mais a droga desse carro? Meus tímpanos agradecem! - Ordeno ao motorista do táxi e ele apenas me fita.

Pov Christian

Ana vai acordando depois de longos minutos de tentativa, e olha pra todos nós perdida.

- Cadê meu filho? - É a primeira coisa que pergunta, agora encarando diretamente a mim.

Me aproximo, seguro suas mãos frias e as beijo.

- Estou movendo céus e terra atrás dele amor! - Afirmo me agarrando ao último fio de esperança que há dentro de mim, de que tudo ficara bem.

Os olhos azuis que eu tanto amo, vão se enchendo de água e aquilo me corta o peito.

- Quero nosso filho aqui, seguro! - Suplica pulando em meu pescoço e me abraçando forte.

Agarro sua cintura, e me permiti chorar junto a ela.

Tudo que doía em meu peito, todas as aflições, medos e o caralho todo, deixam meu corpo em forma de lágrimas.

Após alguns minutos, ela se afasta um pouco e me encara.

- Vamos achar nosso filho! - Exprime se levantando determinada em seguida, segurando forte minha mão e me puxando.

Pov Grace

Desço na casa que me servira de esconderijo e já grito por ajuda da porta.

- Quer me ajudar com isso aqui?! - Aponto pro menino em pé gritando e chorando próximo ao portão.

Meu capanga então, prontamente se aproxima e deita o menino em seus ombros o levando pra dentro.

Massageio minhas têmporas e entro.

Pov Desconhecido

Acabo de colocar minha mãe na cama após seu remédio.
A mesma logo dorme, devido a dosagem ser grande e lhe da bastante sono.

Desço e noto a vizinhança calma, a não ser pela movimentação fora do normal na casa ao lado.

Fito por uma brecha na janela um carro preto suspeito.

Acho que conheço esse carro.

Giro mais um pouco a cabeça e consigo ver com muita dificuldade a porta de entrada da casa.
Vejo um brutamontes enorme entrando com um garotinho bastante zangado no ombro, sendo acompanhado em seguida por uma mulher muito elegante por sinal.

Perai, eu conheço essa madame.

É a Grace, mãe do ordinário do José.

O que será que ela fez agora?

...

Eita gente, será que o desconhecido é aliado?

Mais dois capítulos e a despedida chega!😢
Ainda não estou preparada, admito!

Amanhã tem mais!

Bjinhos! 😘

Pequeno MilagreOnde histórias criam vida. Descubra agora