Nascimento conturbado (parte 1)

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Dedicado a minha pequena flor analovegrey ❤💌

Na temporada anterior...

Ligação on

Alô?

Você é o que dessa moça de olhos azuis?

Ela é minha mulher. Quem tá falando?

Acho melhor o senhor correr, ela esta entrando em trabalho de parto!

...

Quem tá falando? Onde ela tá?

Rastreie e a encontrara!

Ligação off

Batem com o telefone na minha cara, me deixando sem reação por alguns momentos.

Todos que estão na sala olham atentamente pra mim, transcrevendo esperança no olhar.

- Quem era ao telefone? Algo sobre Ana? - Carla pergunta e sei que esta aflita.

- Sim, me ligaram pra dizer que ela esta entrando em trabalho de parto! - Só então, ao repetir a frase, que me dou conta do que ela significa. - Oh meu deus, meu filho tá nascendo! - Começo a pegar as chaves do carro e um casaco desesperadamente, enquanto sou seguido por minha sogra, irmã e cunhado até o elevador.

Chegando ao estacionamento, todos corremos até meu carro e entrámos no mesmo com o desespero já visível em cada um.

Ligo para Taylor, que já tem as coordenadas de Ana, já que monitora meu celular o tempo todo.

Ver aquele pontinho vermelho na tela indicando que ela esta viva, e rastreavel, coisa que não estava ontem, me faz sentir vivo outra vez.

Dirijo como um louco pelas ruas de Seattle, e vez ou outra olho pra Carla que esta ao meu lado olhando atentamente a rua. Mia e Ethan de mãos dadas, fazem a mesma coisa.

A rota começa a indicar uma estrada de terra completamente esquisita e cheia de buracos. Meu coração começa a apertar.

Passo com o carro na mais extrema paciência, com medo de que fique preso e me atrapalhe na busca da minha pequena.

Demora um pouco ate que se acabem os buracos e restem apenas areia e muito mato.

Avisto muito de longe uma casa e é ai que acelero mais o carro.

A residência vai ficando mais visível, e quando já de frente dela, desço e começo a gritar como um louco.

- ANAAAA! - Abro a porta da casa num chute, e tudo esta no mais absoluto silêncio.

Corro pro andar de cima, e não encontro ninguém. Volto e encontro com Mia e Carla no Hall.

- Nada? - Pergunto e elas negam com a cabeça.

De repente, nos assustamos com um grito vindo da parte de trás da casa.

- AQUI!! - É a voz de Ethan.
Corremos seguindo sua voz, e o encontramos próximos a um corpo caído no chão.

Me aproximando mais, vejo que é José. Com o corpo dentro de uma enorme poça de sangue. Nas mãos, tem um revolver, e o corpo esta cheio de marcas de bala.

- Esse ai teve o que merecia! - Diz Ethan levantando.

Carla se aproxima

- Por que você deixou que as coisas chegassem a esse ponto? Você poderia ter sido feliz...- Ouço sua voz chorosa e me agaicho perto dela.

- Nos fazemos nossas próprias escolhas Carla e pagamos o preço por elas. - Ela fecha os olhos e nos levantamos. - Precisamos encontrar Ana, rápido! - Falo numa altura que dê pra todos ouvirem e começamos a caçada mais uma vez.

30 minutos depois...

Nada!

Me sento próximo a escada me sentindo um merda!

- Me dá uma luz meu deus! - Jogo meu corpo pra trás de uma só vez e a porta faz um eco.

Levanto rapidamente, e vejo que a mesma está trancada.

Num chute com forças de não sei onde, arrombo a porta com tudo.

Vejo uma escada mal iluminada e vou descendo. O cheiro de mofo aqui é quase insuportável.

Já no último degrau

- Aiii! - Um grito estridente me assusta e sei a quem ele pertence.

Pego o celular no bolso, e ilumino até encontrá-la deitada, com o vestido todo molhado e rosto completamente vermelho.

- Meu Deus, Ana! - Ela me olha rapidamente, e grita em seguida.

Me abaixo e toco seu rosto completamente banhado de suor, e me ponho entre suas pernas.

- Seu filho tá nascendo Christian! - Fala entre o grito de uma contração e outra.

Olho pra baixo e vejo que a cabeça já esta quase do lado de fora e começo a me desesperar.

- Você vai ter que fazer parto! - Que? Ela só pode tá doida!

- Ana, eu não consigo! - Passo as mãos pelo cabelo completamente em desespero.

- Consegue sim, é seu filho. - Ela esta cansada, é visível isso!

Cheio de uma coragem que não é minha, respiro fundo e a olho.

- Quero que faça força! Vamos trazer nosso pequeno campeão ao mundo! - Ela sorri e começa a pôr força.

Uma, duas, três, quatro, até que...

Aquele pequeno corpo sai de dentro dela, e quando o pego começa a chorar.

Seguro aquele serzinho frágil com todo o cuidado e meu sorriso dói no rosto de tão largo.

- Bem vindo ao mundo filho!-

- Bem vindo ao mundo filho!-

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Continua...

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