II - QUASE FÉRIAS

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Depois que nossa tradicional viagem de férias, foi frustada. Meu pai pensou em algumas soluções para salvar nossas férias.

A primeira foi uma excursão em um clube, chamado Dream Water. Nunca tinha ouvido falar deste nome antes mas... Meu pai achou que seria uma boa opção para férias.

— Eu organizei tudo com o Mário. Vamos sair sexta a noite, às 20:10, ficamos o sábado todo no clube e voltamos à noite.

—Você consultou alguém aqui? Pelo que eu saiba... Não.

Minha mãe faz uma cara que pressentia que algo ia dar errado.

— Meu xodó, estou salvando as férias.

Meu pai faz cara de cachorro, que quer atenção.

— Está bem. Esse seu olhar de peixe morto, me mata de raiva, vou aceitar para você parar de pagar mico.

— Arrume as coisas... Vamos todos. Menos você Fido.

Arrumamos tudo, e ficamos esperando o ônibus. O meu espanto foi quando eu vi aquilo, não era nada bonito, era uma lata velha amarela e empoeirada.

— Esse ônibus não e o mesmo do folheto.

Minha mãe quase esfrega o folheto na cara do meu pai.

— Todos a bordo!!! — Grita o Mário, de dentro do ônibus lata velha.

Eu não queria entrar dentro daquele ônibus, eu fui praticamente arrastada para dentro dele. Mal humorada Cruzei os braços, e senti o cheiro do tempero de queijo do salgadinhos de milho, que meus primos comiam sem cessar.

— De novo não.

Eu pensei.

Quando minha mãe pressentia que algo ia dar errado sempre dava errado.

Pensei em varias situações dramáticas que poderiam ocorrer, quer dizer já ocorriam.

• O ônibus estava velho, na ladeira, minha pernas tremiam.

• Algo rangia, e não era ronco do meu pai ou do meu tio.

• Marco e Rodolfo, e mais um garoto de uns sete anos, comeram tanto salgadinho que passaram mal dentro do ônibus. Imaginem o que aconteceu.

• O motorista quase passou mal junto.

• A viagem atrasou uma hora. Por que passamos no lava jato para dar um jeito na situação.

O caminho foi longo, acabei cochilando no banco de trás, sozinha. Despertei quando o ônibus me fez saltar ao passar por um buraco.

— Já chegamos. — Perguntei um pouco sonolenta.

Olhei para a janela alvorecia. A paisagem era linda... Mas minhas costa doíam, minhas pernas estavam dormente... Queria chegar logo.

Depois de alguns minutos, finalmente chegamos, meus primos foram os primeiros a descer, e correndo como um raio.

— Espera meus filhos, esperem a mamãe.

Minha tia se apressou, para alcançar os filhos.

Todos desceram, e por incrível que pareça essa excursão tinha apenas mais algumas pessoas. Um casal, sem filhos. E uma senhora com dois adolescentes e mais duas crianças.

— Onde está o clube?

Perguntei, tinha apenas um casarão abandonado, com a pintura descascando.

— Esse é o clube entrem...

O Mário fez as honras, da casa. Entramos. Por dentro era bem pior. Vou citar os principais pontos que contrastavam com o anúncio.

 Histórias de Mirella (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora