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Hoje, o sono decidiu não ser meu amigo e acordar-me às oito da manhã, alguém me explique o que faço às oito da manhã? É que eu não sei. Como já estou cansada de dar voltas à cama, calço as chinelas da manhã e tapo o corpo com o robe e desço até à sala, ao pousar o pé em terreno da sala aprecio André Silva com mais duas raparigas a despedir-se com um beijo na boca em cada, aquilo deu-me a volta à barriga logo pela manhã. André fica a encarar-me enquanto tento despistar os meus olhos da porta mas é quase impossível depois do que vi.

André: Mas o que foi?! Nunca viste, foi?!-fala enquanto fecha a porta.

Catarina: Mas tu deves-te achar o Cristiano Ronaldo?!-digo irónica sentando-me no sofá.

André: Até acho-me mais atraente do que o Ronaldo.-diz convencido.

Catarina: Deves ter o rei na barriga.-desbloqueio o meu smartphone.-Querido, tens má reputação o que fizeste com aquelas duas raparigas não se faz a ninguém.

André: De todas as que passaram por mim, nunca me disseram isso portanto não há mal nenhum. Ninguém me resiste. Não irás reclamar quando chegar à tua vez.

Catarina: Apenas nos teus sonhos, palhaço.-levanto-me do sofá batendo com o ombro em André e caminho de volta ao meu quarto.

Ligo a torneira enquanto a água quente toma posse da banheira, retiro o meu pijama e deito-me sobre a mesma sentindo o conteúdo incolor que havia tornando-se branco devido ao gel de banho a preencher o meu corpo. Eu tenho um grande ódio pelo André por várias razões, a principal pelo simples facto da minha mãe ter o escolhido e me ter abandonado, eu sei que a culpa não é sua, mas ele é um rapaz convencido que pensa que enquanto é jogador pode ter todas as raparigas aos seus pés mas isso de comer e deitar fora, desculpem a expressão, não se faz a ninguém. Pego numa toalha e enrolo-a no cabelo e outra um pouco maior e coloco-a sobre o meu corpo, boto creme pelo corpo e retiro do guarda-roupa um outfit confortável e fresco. Após uma simples maquilhagem e de perfumar os pulsos, o pescoço e um pouco do corpo, escovo o cabelo deixando-o secar naturalmente e desço até o rés-do-chão encontrando todos reunidos a tomar o pequeno-almoço.

Afonso: Bom dia Kat!-diz sorrindo.

Ana: Bom dia, filha!-sorriu.

Catarina: Bom dia Afonsinho!-retribuo com um sorriso.-Bom dia!-digo para os restantes sentando-me ao lado do mesmo.

Álvaro: Dormiu bem?-perguntou erguendo um sorriso.

Catarina: Sim, dormi.-preparando uma taça de cereais.

Afonso: Hoje vamos assistir ao jogo do André.-afirma encarando-me.

Catarina: Não quero entrar num circo.-digo começando a tomar a refeição.

André: És muito engraçadinha.-fala com um ar sínico.

Afonso: Não vamos ver o André a jogar mas sim a equipa. E para além disso, alguns dos seus colegas não param de mandar mensagens para apresentar-te a eles.

Ana: É uma forma de conhecer novos amigos e distraíres-te um pouco.-tomando um pouco do seu chá.

André: Não sei quem perde o seu tempo para conhecer uma rapariga estúpida.-fala rindo-se.

Catarina: E não sei quem consegue interagir com um puto mimado como tu.-pronuncio encarando-o.

Ana: CATARINA, isso não foi o ensino que eu te dei.-aumenta o seu tom de voz.

Catarina: Que ensino?! Correção este não foi o ensino que o meu pai me deu nem o que a família do abrigo me deram. Tu nunca tiveste presente na minha vida, mas tu achas que eu sei o que é o amor de mãe, os conselhos de mãe, nem sei o que é ter uma mãe. ACHAS QUE EU MEREÇO ISSO?! Talvez esse não foi o ensino que deste a ele mas eu não sei enquanto davas amor e carinho aos teus filhos eu estava numa casa de abrigo a sofrer pela morte do meu pai que fazia o seu trabalho e o teu trabalho.-algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.-Porquê raio depois de dezoito anos lembraste de mim?!-arrasto a cadeira e dirijo-me ao jardim sendo seguida por Afonso.

No Quarto ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora