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Melissa: A festa foi um máximo. Esforçaram-se muito para que tudo corresse como planeado. Tu e a tua mãe fazem um ótimo trabalho de equipa.-bate com o seu cotovelo no meu braço.

Catarina: É, também concordo.-sorri fraco para as duas raparigas.

Elisa: Já temos progressos com a mamã.-riu confortavelmente.-E não só.-sorriu de lado.

Catarina: Estás a falar do quê?!-questiono sentando-me à frente do balcão sendo seguida pelas minhas colegas.

Melissa: Não te faças de desentendida. Bem que apreciámos os vossos olhares.-encosta o seu braço no da Lisa como incentivo a continuar as suas provocações.

Elisa: É que ele não tirava os olhos de ti.-ambas abrem os lábios para um sorriso.

Catarina: Quando foi colocar a minha prenda no seu quarto foi surpreendida pelo Rui e atirei-lhe todo o que tinha a que dizer e este ainda tentou-me beijar mas André apareceu. Pediu desculpas por não ter acreditado nas minhas palavras.-as palavras saem da minha boca como um desabafo.

Melissa: Ai que história tão linda.-festeja batendo palmas entusiasmada.

Elisa: O príncipe encantado chegou a tempo de salvar a Cinderela.-sorriu alegremente.

Apenas sorri devido às expressões faciais das raparigas que sinto que pouco a pouco tornar-se-ão minhas melhores amigas mas é claro que não esqueço de Beatriz e Maria que serão sempre as minhas irmãs e melhores amigas. Sem dúvida que a noite de ontem foi maravilhosa, refiro-me a todo que eu, a minha progenitora e as minhas tias prepararam que correu otimamente e além de tudo reparei no sorriso alegre de André com a festa surpresa. Observo o meu relógio de pulso que marca as doze horas e trinta minutos quando pressinto uma voz reconhecida.

Melissa: Boa tarde, Senhora Ana! Como está?-viro-me para o lado das vozes avistando Ana a conversar com Mel enquanto Lisa atende alguns clientes.

Ana: Oh querida, não me trata por senhora. Sinto-me muito velha. Estou ótima e tu?-aproximo-me e esta estende o seu braço e beija a minha bochecha.

Melissa: Estou ótima, obrigada.-sorriu

Catarina: Por aqui?!-questiono surpreendida.

Ana: Vim almoçar com a minha filha.-encaro ainda mais confusa.

Melissa: Vai lá Kat. Já está na tua hora.-forma uma linha curva em seus lábios.

Afasto-me e sinto a minha progenitora e a minha colega a conversarem sobre a noite de ontem, entro no pequeno quarto dos empregados da loja e pego nos meus pertences. Já receava que isto iria acontecer. Desde da notícia que eu tenho evitado falar nesse assunto e quando Ana proporciona a conversa para esse tema logo mudo de tema ou simplesmente invento alguma desculpa para abandonar a divisão que encontro-me. Por mais forte que me faço, estou com os nervos na franja e com receio de como esta conversa irá iniciar ou até finalizar. Saio do quartinho e junto-me ao lado de Elisa que se encontra no balcão, beijo a sua bochecha como despedida e esta encara-me com uma cara de medo mas ao mesmo tempo de felicidade, sigo os seus olhos quando avisto o seu filho ao lado de Ana o que faz o meu coração palpitar rapidamente.

Catarina: Já podemos ir.-falo encarando Ana e logo de seguida André e as minhas colegas.

A mulher à minha frente assenta e despede-se das minhas amigas com dois beijos em cada bochecha, os sorrisos confortantes e seguros de ambas as morenas transmitem mais força para resolver mais um problema que surge na minha vida. Sigo ao lado da minha progenitora enquanto o seu filho mais velho caminha ao seu lado. Chegamos ao restaurante que a mulher sugere, sentamo-nos numa mesa longe da multidão e pegamos no menu e logo fizemos os nossos pedidos. A visita de André só dificulta este assunto, prefiro muito mais falar do assunto de relacionamento na qual não estivesse presente, mas a vida sempre colocará pedras no meu caminho e terei que as afastar de qualquer forma.

No Quarto ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora