JACK!

SELVAGERIA - PARTE 2

SELVAGERIA PARTE 2

         Jack estava caminhando pela floresta com cautela, à procura de alguma presa para comer, estava começando a ficar com fome.
         Depois de cinco minutos, Jack avistou sua primeira presa; um veado. Ele estava bebendo a água do rio.
        Jack agachou-se e preparou-se para o abate, camuflado em um arbusto (ele era preto e o arbusto era verde, ele não estava nada camuflado, mas oque importa é que o pobre veado não consegue vê-lo assim).
         E então, Jack saltou sobre o veado, ele errou. Caiu na terra. O veado então começou a correr.
         Jack levantou-se, nem gastou tempo se limpando, ele não queria perder sua presa de jeito nenhum. Começou a seguir o veado, a cada segundo que passava, parecia que o veado estava a um palmo de distância. Não era impressão de Jack, o veado estava mesmo correndo mais rápido que ele, se não acelerasse, deixaria sua presa escapar.
         Infelizmente, foi isso que acabou acontecendo. Jack perdeu-o de vista, deixou-o escapar. Estava desapontado com si mesmo, tinha treinado para a sua sobrevivência por três anos, e mesmo assim, não consegue executar nada do que aprendeu. Jack parou, ofegante.
         De repente, ouviu barulhos em algum dos arbustos ao redor de si.
         Jack então começou a olhar para os arbustos, e a cada segundo que se passava, os barulhos ficavam mais frequentes. Estava meio confuso, estava ouvindo os barulhos claramente, mas não conseguia localizá-lo.
         Um lobo pulou para cima dele, o som estava vindo do arbusto que estava atrás de Jack.
         Jack caiu no chão com o lobo emcima dele. O lobo então começou a rosnar, então arranhou o peitoral de Jack com sua pata direita. Sangue.
         Foram três cortes, um embaixo do outro. Não foram muito fundos, mas doía. Jack nunca sentiu uma dor tão intensa na sua vida, talvez porque quase nunca sentiu dor.
         Jack empurrou o lobo, e o lobo caiu no chão e continuou a rosnar. O gato preto agora estava de pé, com sua mão esquerda no peitoral. O lobo estava se levantando, do jeito que estava, parecia que tinha quebrado um ou dois ossos.
         Jack então sentiu uma enorme dor na lateral de seus braços, essa dor era maior do que a dor que havia em seu peitoral. Parecia que algo estava tentando... sair da lateral de seus braços. E então, sem aviso prévio, saíram duas lâminas de seu braço, lâminas longas. Não, não eram lâminas, eram ossos. Ossos afiados tinham acabado de sair de seus braços. Dor e sangue nos locais. Jack gritou olhando para os dois ossos pontudos.
         O lobo tinha se levantado agora, estava prestes a dar mais um ataque.
         Jack entendeu oque eram aqueles estranhos ossos; eram armas. Armas implantadas por Albert, para que quando chegasse a hora, Jack pudesse se defender ou defender seus amigos. Ele parou de gritar, e passou a ignorar a dor (pelo menos TENTAR ignorar a dor, porque ela era muito difícil de ser ignorada).
         O lobo avançou e abocanhou uma das pernas de Jack, fazendo-o cair no chão. Jack, sem hesitar, enfiou um dos ossos pontudos nas costas do pobre lobo, o lobo então uivou de dor. E para finalizar, Jack enfiou o outro osso na cabeça do lobo.
         Depois de um momento, Jack levantou-se. Percebeu que seus ossos voltaram para dentro de seus braços, mas o corte que os ossos causaram quando cresceram de repente ainda estava ali, ensanguentado. Ele estava ofegante, cansado, mas ainda estava firme, forte e com fome.
         Ele então colocou o lobo em seu ombro, colocou sua mão livre no ferimento do peitoral, e foi embora para o local que haviam marcado de se encontrar.