Capítulo 10 - Feliz aniversário/beijo parte II

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Daniel

"Se eu te contar meu segredo sei que vai me entender, que eu não posso ir me entregando pra você, vamos com calma, vamos ver se rola pra ninguém se machucar." Toda vez que eu te beijar - Henrique e Juliano

Na quarta-feira, por algum motivo eu ainda estava mal. Minha mãe ainda não sabia o que fazer para abaixar minha febre, e, eu só pensava na Nanda. Ela veio aqui, mas da primeira vez eu estava tomando banho, e, na segunda eu estava dormindo. Eu só esperava que no dia seguinte já estivesse melhor.

"Onde você pensa que vai, Daniel?". Minha mãe perguntou ao me ver arrumando na manhã de quinta-feira. Parece que alguém lá em cima escutou minhas preces já que eu estava bem melhor e não aguentava mais ficar naquele quarto. Desde o dia que eu fiquei doente meu trajeto era cama-banheiro, banheiro-cama.

"Vou dar uma volta, mãe. Vem comigo?"

"Garoto, você ainda não melhorou!". Bateu na minha testa e eu revirei os olhos sorrindo.

"É lógico que eu já estou bem mãe. Não aguento mais ficar preso aqui."

Ela respirou fundo e estreitou os olhos, eu sorri e ela relaxou os ombros.

"Vai, Daniel! Mas volta inteiro pelo amor de Deus."

"Mas você não vai comigo?". Olhei confuso pra ela.

"Eu? Claro que não. Você vai ver a Nanda, eu não preciso ir." Corei e dei uma risadinha atrapalhando o cabelo dela.

"Vamos mãe, eu só vou ver a Nanda a tarde, depois do almoço. Ela deve estar dormindo a essa hora."

"Certeza?"

"Tenho, mãe. Vamos? Eu estou com fome."

"Nossa! Que novidade." Rimos e saímos do quarto.

Nós descemos e tomamos café, demos uma volta na cidade e voltamos para o hotel, pra almoçar. Eu estava ansioso para ver a Nanda. Eu tinha decidido que ia falar o que eu sentia pra ela. Corria o risco de levar um fora? Sim. Mas talvez ela me desse uma chance. E eu nunca ia saber se não tentasse.

Voltamos para o quarto, e minha mãe disse que ia sair de novo. Achei estranho já que tínhamos acabado de voltar.

"De novo, mãe?"

"É, Daniel. De novo. Como você mesmo disse, não quero ficar presa dentro do quarto. Se precisar de mim, vou estar naquela sala de leitura perto do restaurante."

"Tá bom, dona Vitória. Você sabe que eu vou sair, né?"

"Claro que sei. Boa sorte com ela, filho." Revirei os olhos.

"Ela é só uma amiga, mãe." Tomara que hoje eu pudesse mudar essa frase e parar de fingir que eu considerava ela uma mera amiga.

"É claro que é. A propósito, Feliz Aniversário.", me abraçou apertado. Sinceramente, se ela não tivesse falado nada, eu nem lembraria que era meu aniversário. Eu estava tão acostumado a acordar com barulho no dia 25 de janeiro, que sem a agitação da minha família parecia só mais um dia qualquer. "Quando voltarmos, vamos comemorar. Afinal, não é todo dia que meu bebê faz 17 anos!" Disse me dando um beijo estalado e saiu sem me dar chance de responder ou agradecer.

No Compasso do Seu Coração - 1° temporada - NOVA VERSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora