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 Sexta a noite, estou terminando meu trabalho quando recebo uma mensagem.

" Te pego em 15 minutos".

" Você não está em aula?"

"A turma né pediu para sair mais cedo e com o sou um excelente professor, liberei 🙄"

"😂😂🤣 sem nenhum interesse!"

"Tenho muito interessante sim, mas é em você 😉, avisa a sua família que você vai passar o final de semana comigo".

"Preciso ir buscar umas peças de roupa".

"Para quê? Meus planos são todos com você sem nenhuma 😎"

"Para de ser tarado!"

"Agora é sério! Te pego em 10 minutos e não se preocupe, já programei tudo."

Sorrio só de pensar que ele ficou imaginando em estar comigo, um homem que pode ter a mulher que quiser a hora que desejar e ele escolheu a mim.

Tenho tido muitas reservas em relação à nós dois, mas esse afastamento da semana e ver tantas mulheres cobiçando-o, me fez despertar, eu deveria estar aproveitando essa oportunidade e não estar tão na defesa como estou.

Baldizón tem se mostrado muito paciente e carinhoso, contudo, sei que ele faz isso para obter minha confiança e está quase lá.

Ele ainda some do nada e eu ainda tenho a sensação de que sou seguida às vezes, mas não falo nada com ele, até porque não temos nada concreto, porém, fico sempre com uma pulga atrás da orelha.

Aviso meus pais que já estão se acostumando com essa loucura e vou me trocar, afinal, não vou encontrar com ele trajada com um uniforme. Por mais social que seja, preciso estar no mínimo apresentável.

Seu carro para em frente ao meu trabalho e eu entro, assim que travo a porta sou recebida por um beijo.

-Vou te levar para jantar e espero que goste da surpresa.

-Tá doido? É sexta! Todos estão passeando, como vamos explicar nosso jantar?

-Já disse que já pensei em tudo! - Ele pisca para mim e sai com o carro.

Fico chocada quando percebo que ele está saindo da cidade, olho para o seu rosto que está sorrindo.

-Está me sequestrando, professor? - Ele sorri e meneia com a cabeça, o que me faz rir também.

Seguimos por uma estrada de terra até que avisto uma casa enorme e percebo que estamos em um pequeno sítio.

-Bem vinda ao Sítio Rio Claro! - Fala assim que pára em frente a porta principal de um casarão.

-Uauuu, que lugar lindo!

-Você ainda não viu nada. - Ele sai do carro e dá volta para abrir a porta para mim, nesse momento um homem que aparenta ter uns 50 anos se aproxima, eu saio do veículo e observo a movimentação.

-Boa noite menino, quanto tempo! - Ele fala o abraçando. - Quem é essa bela moça?

-Minha futura esposa! - Cadú responde com um sorriso e eu fico desnorteada, o homem sorri ainda mais e estende a mão em um cumprimento.

-É uma honra conhecer a mulher que roubou o coração do patrãozinho. - Ele diz simpático e eu lanço um sorriso simpático.

-Lua, esse é o Tião, o administrador do sítio.

-Muito prazer. - Digo ainda apertando sua mão, ele sorri e entra no carro dando partida em seguida.

-Venha, vamos entrar. - Ele me guia com sua mão em minha cintura e subimos uma escada que dá para a porta principal.

Alguém abre a mesma assim que colocamos o pé no último degrau, uma senhora que parece ser uns três anos mais nova que o Tião, sorri para o Cadú e o abraça também de uma forma muito carinhosa.

-Patrãozinho que saudades!

-Eu que o diga, Maria! Como você está?

-Agora estou ótima! Muito bom te ver e me parece estar bem.

-Sim estou, essa é a Ana Lua, minha futura esposa. - Oi? De novo? Não tenho tempo de encará-lo, pois a mulher voa em meu pescoço e só falta me esmagar com seus braços.

-Até que enfim alguém conseguiu fisgar o meu menino. - Cadú nem é tão novo assim! Resolvo deixar meu pensamento só para mim. - Seja bem vinda, querida! Fiz um jantar digno para vocês e imagino que estejam morrendo de fome.

Ela nos guia por uma sala enorme, que ao contrário do que eu esperava, não tem um ar rústico e sim muito sosfiticado, um grande contraste com a natureza do lado de fora do casarão.

Chegamos em uma outra sala e uma mesa está posta, essa sim tem um cheiro de comida do interior e meu estômago se manifesta em contentamento.

Dou um sorriso e Maria ri de volta.

-A patroinha parece ter bom gosto!

-Por favor, Maria, me chame somente de Lua.

-Sim senhora! - Reviro os olhos e Cadú sorri.

-Venha amor, vamos comer antes que a comida venha a esfriar. - Ele me puxa uma cadeira e senta de frente para a mim.

É uma mesa de oito lugares de vidro e as cadeira tem um estofado branco.

-Viu? Aqui estamos livres e podemos ficar a vontade! - Fala assim que ficamos sozinhos.

-Amei o lugar, mas você poderia ter me avisado! Não quero ficar todo o fim de semana com uma única peça de roupa. - Reclamo e ele sorri.

-Já pensei em tudo, minha Lua. Observei o tamanho das suas roupas e dos sapatos e pedi para comprarem algumas peças. - Eu o encaro assustada e ele ri. - Tive medo do seu pai não querer autorizar sua vinda e como você já é adulta, resolvi te tratar como tal.

Isso foi uma crítica? Com certeza foi!

-Está me chamando de criança?

-Eu? - Pergunta com deboche.

-Vou te mostrar a criança!

-Estou ansioso por isso! - Afirma e dá mais uma garfada na comida.

Eu continuo comendo e o encarando! Ele vai aprender a nunca mais me desafiar, ah vai.

O Professor - Degustação 🤩😍❤💗Onde histórias criam vida. Descubra agora