[Catarina]
Tinha passado precisamente um mês desde que soube da existência de um ser dentro de mim. Era um pouco estranho, assustador, mas a verdade é que eu passei a amar esta criança com todas as forças que eu tinha. Hoje completo três meses de gestação. A Marina contou à Adriana que eu estava grávida e a mesma ficou chateada comigo por eu não lhe ter contado nada, eu só não me sentia pronta para contar a ninguém do bebé, ela não tinha que se preocupar. Por falar na Marina, ela está quase a ter a pequena Carminho e estávamos todos cá em casa ansiosos pela chegada da pequena.
Posso também confessar que já comprei alguns fatinhos de cor branca ou beije para o meu bebé. Comprei-os naquela cor devido ao facto de ainda ser cedo para descobrir o sexo do bebé.
Como hoje era sexta-feira, levantei-me mais tarde um pouco, visto que só tinha aulas à tarde e fui logo fazer a minha higiene. Assim que voltei novamente ao meu quarto, vesti algo bastante simples e confortável visto que hoje iria ficar com as minhas pestinhas.Prendi o meu cabelo louro num rabo de cavalo bem alto e coloquei um pouco de maquilhagem, visto que ultimamente tenho andando com algumas olheiras devido ao cansaço. Eu simplesmente fiquei a noite passada e todas as outras a estudar até à uma de manhã. Estava cansada? Um pouco mas já me habituei à rotina.
A Marina hoje iria a uma consulta com o André para ver como estava a pequena Carminho, portanto hoje competia à minha pessoa ficar com os gémeos de manhã. Como não tinha aulas de manhã não me importava nada. Aliás, eu acho que já não conseguia viver sem aqueles pestinhas, como lhes costumo chamar. São como os irmãos mais novos que nunca tive.[André]
Já não tinha mais jogos esta semana portanto, decidi passar o fim de semana em casa. A verdade é que o que me foi dito à cerca da Daniela andar nunca mais me saiu da cabeça, portanto, eu pensei em algo para descobrir se realmente seria verdade ou não. Avisei a Daniela que saí de casa, mas em vez da minha caminhada habitual, esperei uns cinco minutos à porta da minha casa. Entrei na minha habitação sem fazer muito ruído. Conseguia ouvir a sua voz ao telemóvel com uma rapariga devido à conversa fútil que estas estavam a ter. Andei um pouco na direção do quarto onde esta ficava, vendo-a em pé sem qualquer apoio ou ajuda. Entrei no seu quarto e logo puxei pelo seu braço, fazendo com que esta deixá-se cair o seu telemóvel branco.
-Hm.. André, não tinhas ido caminhar? - ela diz um pouco confusa com a situação.
- Tu estás a pé, frente a frente comigo e a única coisa que perguntas é se eu não tinha ido caminhar? Arruma as tuas coisas que ainda hoje vais te embora daqui. - ordenei um pouco furioso, podendo ver a sua expressão chateada.
- Mas eu não tenho para onde ir André, e tu não me podes deixar sozinha. Eu sou a mulher perfeita para ti. Já devias saber disso. - ela disse e eu apenas dei de ombros.
-Pensasses nisso antes. Uma coisa que eu não entendo é como é que o médico disse que nunca irias andar.
- Às vezes és um pouco ingénuo amorzinho, a Catarina não me atirou pelas escadas, fui eu que me atirei. E ainda comprei o médico para que ele dissesse que eu iria ficar presa a uma cadeira de rodas. - ela diz neutra e a única reação que eu tenho é pegar nas suas roupas e atirar pela janela do quarto onde esta ficava. Estava deveras furioso não só com ela, mas também comigo mesmo. Como é que eu não acreditei na minha Catarina? Ela nunca me mentiria.
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Where it all began {André Silva} - Concluída
FanfictionEles partilhavam a mesma escola. Ele era popular , Ela era nerd. Ele defendia-a sempre , Ela sentia um fraquinho por ele mas era demasiado insegura. Com a morte da mãe, Catarina abandonou o Porto indo para Viana do Castelo não vendo mais Andr...