1. Os cinco

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 Quando Isobel Coltsdam acordou, a primeira coisa que fez foi falar o primeiro xingamento que lhe veio à mente em alto e bom som

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 Quando Isobel Coltsdam acordou, a primeira coisa que fez foi falar o primeiro xingamento que lhe veio à mente em alto e bom som.

Porque a única coisa que ela odiava mais que jiló e trigonometria avançada, essa coisa era acordar cedo.

A garota apenas jogou o seu pequeno corpo para o lado calmamente e desligou com força o despertador, tendo no fundo a vontade de joga-lo longe. Então levantou-se e observou o horário, percebendo então que já eram 6:40 e nem tomado banho ela ainda tinha tomado.
Olhou para o teto de galáxia em seu quarto e inspirou fundo, pensando nos prós e nos contras de voltar para a sua cama quentinha.

O pró é que talvez ela conseguisse voltar á sonhar com aquele garoto o qual não saía de sua mente.

O contra é que perderia seus preciosos pontos em química e física se faltasse aquela excursão.

Bufou e caminhou lentamente até o banheiro, fingindo desconhecer que tempo existia, e olhou curiosa para um pequeno bilhete colado na porta de seu quarto. Franziu a testa e o pegou, para em seguida lê-lo.

" Izzie, minha princesa, eu e seu pai recebemos uma mensagem perguntando se podíamos cobrir dois parceiros, então tivemos que ir. Deixei sessenta dólares em cima da mesa da cozinha junto de um delicioso brownie. Coma tá filha? Você sabe que está com anemia.
Voltamos antes das dez.
Boa sorte na excursão. Te amamos.
Com amor,
Mamãe e papai."

Suspirou pesadamente e amassou o papel, fazendo uma pequena bolinha e finalmente o jogando no lixo. Seus pais estavam sempre trabalhando para conseguir pagar a faculdade de seu irmão, Luke. E acabavam nunca estando em casa.

Mas a morena não ligava. Não é que não amava-os ou algo do tipo. Amor era algo muito... Exagerado.
Ela tinha uma relação de profundo carinho e gratidão pelas pessoas que a adotaram e cuidaram dela.

Ela só não costumava demonstrar sentimentos ou até mesmo senti-los. Ela era neutra demais. Suas íris eram sempre opacas e demonstravam que ela não ligava muito para o que acontecia ao seu redor.
Ela não costumava sentir raiva, e se sentia, não demonstrava. Também não era muito de sorrir ou conversar de modo que não fosse monossilabicamente.
Contudo Izzie conseguia sentir o amor, aquele sentimento maldito que permanecia nela não importando o quanto ela fingisse não ligar ou o quanto tentava nem responder quando ele falava com ela.

Retirou sua roupa e a deixou no chão mesmo, dando atenção ao seu corpo no espelho.

Houve uma época em que mesmo não admitindo em voz alta, ela se sentia bonita. Mas estava um pouco magra demais, fazendo a mesma pensar que havia algo de errado.
Talvez as pessoas não notassem sua diferença de gordura, mas Isobel fazia questão de sempre encarar o seu maldito reflexo no espelho.

E Izzie era apenas... Normal. Era um pouco pálida demais, e tinha os cabelos longos até a cintura pretos como a noite. Seus olhos mantinham uma coloração meio amendoada, uma cor meio castanho amarelada, parecendo caramelo derretido.

Defensory: Como nas HQ'sOnde histórias criam vida. Descubra agora