— Como assim não sabem?! — Beatrice Müller estava em seu modo histérico e queria avançar em cima daquele jovem bonito. A única coisa que a impedia era saber que - com toda certeza - ela seria presa por atacar o príncipe.
— Senhorita Müller, embora eu adoraria que a explosão do acelerador de particular tivesse sido o motivo para seus... dons — Isaac parecia procurar palavras para conseguir se expressar com os mesmos. A diferença de idade entre eles era mínima - talvez um ou dois anos -, mas ele nunca tomou a atitude de um adolescente normal. —, não há sequer uma coisa que explique o fato daquilo ter acontecido. Ainda mais porque cara um parece poder fazer coisas diferentes.
— Então o que sugere, vossa alteza? — Ginger Mitchell pergunta, com os olhos brilhando, e se aproximando do mesmo. Suas pernas estavam bambas e suas mãos tremiam, visto que ela era grande fã dele.
— Nós iremos estudar seus corpos e dons para entender como tudo aconteceu, e no caminho vocês também irão aprender a controlar seus poderes.
— Nós meio que já estávamos fazendo isso. — Axel Longdale se intromete e cruza os braços, com certo medo daquele lugar. O papel do governo em filmes de super-heróis nunca era bom.
— Estavam tentando fazer. — O príncipe corrige e coloca as mãos na cintura. — Francamente, no que estavam pensando? Se mostrando na frente de todo mundo?
— Ninguém nos viu. — Peter Lightwood, que até então não lhes dava a preciosidade de sua voz, decide se manifestar. — Estávamos sendo meticulosos e organizados. Embora o terreno baldio fosse baldio ninguém passava por lá. Se localiza num bairro pobre e quase que abandonado.
— Mas e se vissem? — Passa o olhar duro um por um. — Tem ideia da responsabilidade que carregam agora? Vocês podem ser considerados super-heróis.
— Sim, temos. — E até Isobel Coltsdam decidiu interferir na conversa acalorada. — Acontece que não temos um manual de como se portar caso sofra um acidente e logo depois brotem poderes em você. Não é como nas HQ's. — Chega perto dele e ergue o rosto, batendo de frente com o rapaz. — E não somos super-heróis. Eles salvam pessoas. Queremos apenas nos livrar disso.
A batalha de olhares perdurou por alguns segundos - que pareceram minutos -, até que o príncipe soltou um sorrisinho.
— Isobel Coltsdam. Tenho grandes expectativas sobre você. Não me decepcione. — Suas íris verde folha dançaram pelos cinco "amigos", e pronunciou. — Me acompanhem, por favor. — E seguiu andando por um longo corredor branco e espelhado.
— Essa é a nossa mudinha. — O atleta bagunçou seus cabelos e todos seguiram o futuro rei, sem questionar.
Na sala seguinte, todo o hangar era gigantesco. As paredes brancas com janelas gigantescas que iam do chão ao teto. Tudo tão modernizado e tecnológico que todos os quatro "amigos" ficaram confusos (menos Peter, é claro).
Dirigiram-se até uma ala num cômodo separado. Lá parecia ser um tipo de enfermaria do futuro. Tinha um telão e todos os tipos de apetrechos em volta das macas.— Essa é a doutora Poulain. Vai tirar sangue de vocês. — Isaac apresenta uma mulher de jaleco negra, que em contraste com as roupas brancas usava um lenço colorido nos cabelos black power.
— Ela vai O QUE?! — Ax aumenta sua voz em alguns decibéis, e se esconde atrás de Trixie, que revira os olhos. — Valeu, gente. To indo embora.
— Já viu o teu tamanho pra ter medo de agulha? — Ginger o para, e o garoto sorri coçando a cabeça. — Vai logo! — Manda e o rapaz arregala as orbes, tentando entender se a ruiva estava tendo a audácia de mandá-lo primeiro.
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Defensory: Como nas HQ's
Teen FictionDesconstrua tudo o que você já tenha visto sobre super-heróis até agora. Não pense em caras certinhos que vieram de outro planeta, nem em jovens nerds que foram picados por uma aranha. Essa história fala de adolescentes complicados e imperfeitos...