Prólogo

2.2K 42 1
                                    


Esses dias, estão sido diferentes do que o normal. As pessoas andam pelas ruas como se algo está preste a acontecer.
E tinha.
A seleção.
Ela não ocorria faz alguns anos, pois as castas estavam sendo reduzidas e o príncipe precisava crescer até sua idade apropriada.
Minha mãe saltitava com meu irmão Hamish que estava tão alegre.
Eu conhecia esse olhar, ela me encarava da mesa da cozinha como se fosse algo que ela queria.
Ser inscrita na seleção foi o sonho dela, mas como ela não pode pela causa de trabalhar no castelo fez isso ser impossível. Mas segundo suas experiências tudo é ótimo e perfeito, tirando os ataques rebeldes.
- Além disso - lembro de minha mãe dizendo um dia - aquela época não pode ser a melhor mas vai ser com certeza escrita na história de Illéa!
Meu irmão aplaude com alegria no rosto. Ele é um milagre na vida de minha mãe, foi o único que não viu os horrores das castas e os rebeldes matando os de castas superiores.
Minha mãe disse que foi protegia pelo meu pai, ele era um dos rebeldes nortistas, os rebeldes do "bem". Ela também disse que seu sangue foi derramado naquela batalha bravamente.
Todas as noites lembro de ter acordado para acalmar minha mãe dos seus pesadelos constantes. O estranho é que na manhã seguinte ela não lembra de nada, como se não passasse de um mero sonho.
- Anna, você precisa fazer por nós - disse minha mãe descascando a maça - por mim.
Ela sorri levemente como sorriu pela última vez antes de papai ir embora. Aquela foi a primeira e última vez que a vi chorar.
Minha mãe nunca foi chorona, ao contrário, ela já sobreviveu tantos ataques que esta acostumada e acho que ela carrega uma faca quando ouve algo estranho na casa de madrugada.
Mas isso não vem ao assunto agora...
- Mas, eu não sei se eu tenho chances.
Os olhos da minha mãe se levantam para olhar meu rosto. Ela larga a faca e a maça e se aproxima do sofá.
- Olha esse rosto - ela segura pelo meu queixo - quem não gostaria de um rosto tão bonito?
- A questão - eu retiro sua mão - é a inteligência e não a beleza.
Esboço um sorriso para avaliar sua tensão. Minha mãe de levanta e vira as costas para a cozinha.
- Você deveria acreditar em si mesma, Anna - ela vira o rosto e me olha por cima do ombro - pois com certeza você não é qualquer uma.
"... Qualquer uma."
Isso penetrou na minha cabeça me fazendo pensar, pensar, pensar.
Qual motivação fazem essas garotas participarem desse jogo? Só pelo bonitinho rosto de um mimado príncipe? Ou jóias que podem construir um novo mundo?
Eu sei qual será a minha, mostrar as pessoas como deve ser uma princesa.
Mesmo se não se parece uma.

Um Diário de Uma SelecionadaOnde histórias criam vida. Descubra agora