Um Diário de Uma Selecionada

Capitulo Dois

Algumas semanas se passaram, a animação vinha se acumulando desde da inscrição das Selecionadas. Minha mãe continuava torcendo para mim, o que é algo ridículo de se pensar que vou ser escolhida.
Hamish como sempre animado, sentou-se em frente a televisão segurando um grande balde de pipoca que estava guardando para esse dia.
Bufei, cruzando os braços no sofá olhando para qualquer canto daquela sala sem ser a televisão ligada no único canal.
Passava-se ótimas imagens de Illéa, como as castas 2 e 3 se desfazendo aos poucos de acordo como o planejado da realeza. A narrativa de Caeser, o apresentador dos jornais e noticias de Illéa dava o tom de alegria e orgulho pelo triunfo reinado do Rei Maxon.
- Então, tem cinco minutos para as oito horas... - disse minha mãe roubando uma pipoca de Hamish - Mal consigo esperar até a hora!
Olhei para ela e sorri fraco por ver seu sorriso velho e sofrido surgi em seu rosto. Isso me fazia lembrar de tudo o que ela passou e como isso fazia ela se distrair muito de seus problemas no trabalho.
Ontem, me lembro de acordar ela sacudindo pelo ombro em sua cama pela causa de ouvi-lá gritando por ajuda. Meu coração quase saiu da garganta quando vi que estava na cama tendo um pesadelo.
Meus olhos seguem o caminho ate o relógio. Oito horas e ponto.
- Oba! - ouvi meu irmão dizer quando apontava para a tela da televisão - Começou!
Viro para a tela e vejo luzes coloridas invadir e um palco no castelo. Holofotes iluminavam três cadeiras, o Rei no meio com sua coroa de ouro, a Rainha e seu lindo vestido azul com seus cabelos ruivos e o Príncipe moreno de olhos azuis esfregando as mãos.
- Ele esta... - sussurro para mim mesma - suando...?
Solto um sorriso por ele não estar completamente robótico e demonstrar seu nervoso para todo País.
A mão gelada de minha mãe me fez acordar e virar para ela. Seus olhos castanhos mostram um brilho de alegria.
- Vai ser importante - ela apertava um pouco minha mão com seus dedos compridos pálidos - como para nós e para você. Se não for a escolhida, sei que vai ser uma experiência ótima para sua vida.
Suspirei engolindo em seco junto a essas palavras que ela acabará de dizer. Era verdade. Mesmo que saia em um dos primeiros dias ou tenha a chance de ficar entre as finalistas, a Seleção mudaria minha vida. Mudaria a mim. Talvez nunca mais seja a mesma pessoa que entrou imaginando nisso em apenas um jogo onde, como diziam "ele ama as jogadoras e nós amamos o seu jogo". Sei que isso pode ser muito bem o contrário, que aquilo pode ser apenas um jogo ao príncipe e para nós um futuro estilo de vida.
Mas logo desvio o olhar de nossas mãos para o Rei Maxon que levantava-se Té o centro do palco onde recebeu uma grande luz de um holofote. Suas feições mostravam tensão mesmo que seu sorriso tenta-se disfarçar. Arrumou sua postura e começou o discurso de sempre para breve noticias.
- Como planejado, a estrutura das castas que dividem nosso povo de Illéa - ele juntou suas mãos como se estivesse juntando um quebra-cabeça de mil peças do Picasso - esta acabando aos poucos. Das castas inferiores até as superiores foram desfeitas para o começo de uma nova... Era, se é assim que podemos nomea-lá. Espero que a reação de todos sejam de agrado a essa grande notícia.
Podia ver as gotas de suor que escapava dos cabelos loiros do Rei Maxon, conseguia notar-se a preocupação da reação do povo e como iriam reagir.
Contudo, para quebrar a tensão a música de entrada e aquele grande sorriso brilhante "papel sulfite" como Hamish diria, apareceu na tela com seu terno verde limão com uma gravata preta e sapatos brilhantes.
- Muito bem vindos, senhoras-e-senhores - disse Gravil com pausa para tensão - ao Jornal Oficial de Illéa. Quero ouvir aplausos por favor!
Podia-se ouvir a plateia aplaudi como não se houvesse amanhã. Ele sorria e ria, trocava olhares com o espectadores ao vivo e com a família real.
Enquanto todos focavam em Gavril que apresentava essa nova seleção, a escolha das selecionadas e blá-blá-blá, notei que o príncipe engolia em seco no seu assento. Estava nervoso com certeza, mas um sorriso formava com as piadas de sempre do apresentador.
- Muito bem, muito bem. Alteza! - Gravil se virou rapidamente ao príncipe que arregalou os olhou ao ouvir - Venha aqui ao centro onde escolhera as selecionadas, que poderão ser sua futura mulher e até a Princesa de Illéa.
O princípe Jonathan levantou-se do assento, se aproximava do centro onde havia os papéis das selecionadas para ele ditar. As 35 selecionadas em um potizinho daquele tamanho. Aquilo me fez imaginar as selecionadas em miniatura encolhidas e estranguladas nesse pote de vidro.
Os dedos mais pálidos que os braços do príncipe, buscava entre os papéis o nome da primeira selecionada. Em seguida, vez as mesmas coisas.
Só que um pequeno detalhe...
TRINTA E CINCO VEZES.
Desculpe, me exaltei.

Selecionadas:
17, Eliza Parker/ Casta 5
17, Jessie Ambers / Casta 3
18, Britney Withmore / Casta 2
19, Megan Carie / Casta 4
16, Tris Kees / Casta 4
18, Lucie Treen / Casta 2
17, Susie Beekan / Casta 3
16, Beatriz Levare / Casta 5
19, Pety Grace / Casta 2
18, Anna Siles / Casta 5
17, Penny Collins / Casta 6
19, Sophia Lillel / Casta 2
16, Melissa Caulfield / Casta 4

• • •

Ao acabar, todos aplaudiram pelas belas imagens mostradas no telão. Ja estava levantando arrumando o pijama para dormir.
- Bom, não foi dessa vez pessoal, quem sabe em um próximo ano... - ri baixinho mas sem nenhuma resposta virei ao meu irmão e minha mãe chocados ao ouvirem - O que?
Franzi a testa sem entender, meu nome nao foi...
- AI MEU DEUS - meu irmão soltou esse grito com sua voz máscula, sabe. Bem máscula - Minha irmã vai para a Seleção!
Só vi minha mãe colocando as mãos nas bochechas ainda chocada e eu correndo escada á cima para meu quarto.