Capítulo 2

58 4 2
                                    

Passo dias cuidando de meu avô e tomando todo o cuidado para meu irmão não tomar friagem, depois de um dia normal vou me deitar ao lado de minha mãe, pois meu pai está no trabalho.

Acordo com minha mãe me chamando com a expressão assustada e os olhos cheios de lágrimas.

-Filha não se assute mais seu pai caiu de moto!-disse calma e chorando.

Corro até o encontro de meu pai, o vejo sentado no chão, meus olhos se enchem de lágrimas mais não chorei, vejo que seus lábios estão pocados e ele está todo arranhado.

-mãe o que aconteceu?-Perguntei a encarando.

-Ele estava voltando para casa e uma árvore caiu a sua frente!-Falou se arrumando as pressas.

-mãe você vai levá-lo no hospital?-Perguntei a analisando.

-vou, cuide do seu irmão!-falou e saiu em direção a porta, a observei andar até carro onde meu tio Marcos a esperava, quando minha mãe finalmente entrou no carro ele deu a partida e eles saíram.

Fico em casa com meu irmão mas minha mente está em outro lugar está no hospital, me volto para Alan e vejo que está assustado!

-Vai ficar tudo bem -falo o abraçando forte.

Ele fica em silêncio mas vejo que seus olhos estão cobertos de lágrimas, resolvo mudar de asunto, pois já estava com vontade de chorar também e sei que tudo isso também está sendo difícil para ele.

-Você está com fome? -pergunto sorrindo

Ele apenas ascena com a cabeça e contínua com a expressão de choro.
Vou até a cozinha em direção ao armario, vasculho em meio as coisas e acho um pacote de biscoitos, pego uma caneca de plástico e faço um achocolatado que sei que meu irmão gosta, espero ele lanchar e lavo as vasilhas, ficamos juntos esperando a chegada de nossos pais.

Quando percebo a chegada de meus pais corro em direção ao carro e vejo que meu pai levou vários pontos no lábio superior e está com uns arranhões nos braços e nas suas pernas, vou até seu encontro e lhe dou um abraço apertado em seguida dou lugar para Alan que faz o mesmo.

-como foi lá?-Pergunto com a expressão preocupada.

-Seu pai levou seis pontos no lábios e está apenas com uns arranhões, -minha mãe respondeu ajudando o meu pai a sair do carro.

-Que bom que está tudo bem!-repondo encerrando a conversa.

Vou até meu quarto cansada de tudo o que aconteceu, me deito na minha cama e fico encarando o teto e depois todo o quarto, meu quarto é azul com o teto branco e uma janelinha colorida , tenho um armário e um espelho de um lado, e do outro minha cama e um computador.

Olho para o meu lado onde está meu celular, vejo que ele está com a tela ligada, vejo que acabou e chegar uma mensagem entro no whatsapp, é do Diego, eu sempre fui uma pessoa muito fechada mais me sinto tão bem falando com ele.

-Oi, como está seu avô?
-Está bem!
-E você está melhor?
-Não.
-O que foi?
-Meu irmão está com pneumonia, meu pai sofreu um acidente de moto e fora o que está acontecendo com meu avô.
-Nossa sinto muito, como aconteceu isso? Seu pai está bem?
-Uma árvore caiu na sua frente no caminho de volta para casa, ele está bem graças a Deus.
-Quem bom, Fica bem tá? Tenho que dormir amanhã será um dia muito cansativo.
-Vou ficar, obrigada por tudo.
-De nada, tchau.
-tchau.

***

Um novo dia começa, acordo na esperança de um dia melhor, vou até o banheiro tomo um banho que parece renovar minhas forças, vou até meu quarto enrolada em minha toalha, coloco um vestido azul e comprido até meus joelhos, Penteio o meu cabelo e faço com ele uma trança, coloco um sapatilha velha que vejo escondida entre os outros sapatos.

Pego um pedaço de bolo para comer e resouvo sair sem rumo, até chegar a um riacho ao lado da floresta, tiro as sapatilhas a as jogo de lado deixando meus pés totalmente cobertos pela água gelada, me sento ao lado do riacho com os pés ainda na água, pego um pequeno pedaço do meu bolo e o jogo dentro da água, vejo pequenos peixinhos coloridos surgirem ao lado do pequeno pedaço de bolo, e rapidamente o pequeno pedaço desaparece, sinto uma mão em meu ombro, me viro assustada e ela começa a falar!

-Olá princesa, achou que era seu Príncipe que pena que ele mora tão longe!- disse Bruna com tom de ironia.

Sorrio envergonhada e ela se senta ao meu lado.

-Fique sabendo o que está acontecendo com sua família!-Falou me analisando.

-É uma hora você ia mesmo saber-Falei revirando o rosto.

-Vai ficar tudo bem!-disse ao se levantar e caminhar em direção a água, sigo atrás dela e ela se vira rapidamente em minha direção e me joga na água.

Sinto meu corpo todo gelar e Começo a bater o queixo.

-A água está fria- falo tremendo.

-Eu sei é para você esfriar a cabeça!-disse sorrindo

Pego o máximo de água possível na Palma de minha mão e jogo nela, depois ela me encara e pula na água ao meu lado, ficamos assim até a tarde quando minha mãe me chama.

-Tenho que ir Bruna!- falo correndo em direção a minha casa.

-tchau Mari, gritou para eu poder ouvila de longe.

Chego em casa e vejo minha mãe sentada na varanda.

-Aonde você estava podia pelo menos me avisar,- diz me encarando.

-No rio com Bruna!-Falo sorrindo.

-Vocês duas em!-Falou apontando para meu vestido que está todo manchado.

Corro em direção ao banheiro, tomo um banho quente mesmo que minha mãe me fale mil vezes que faz mal, coloco uma blusa confortável, e uma calça comprida, Penteio o meu cabelo e o amarro e um um rabo de cavalo.

Vou até o lado de fora de minha casa e vejo meu avô chegar de carro, ele foi na cidade com meu tio Marcos, ele está saindo do carro e fazendo sinal para que vá até ele, vejo que ele comprou muitas coisas, vou até a porta e a abro, o ajudo a carregar tudo para dentro, pergunto do que a trata aquilo tudo mesmo ja sabendo.

-Vô para quê isso tudo?- Disse o encarando.

-Para o Natal! e amanhã precisarei de sua ajuda para fazer as sacolinhas.

-Vô não precisa disso,- falei o olhando.

-Eu gosto de fazer, falou com o olhar triste.

-amanhã eu virei, disse o abraçando e saindo em direção a porta.

Aguardem o próximo capítulo :)

O Diário De Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora