Capítulo 13

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Desligo meu celular e o entrego para Marcos que agora possui em sua mão um prato com várias frutas, ao me oferecer pego uma grande goiaba e começo a devora-la sem pensar duas vezes, ele começa a rir ao ver minha fome e então o ofereço um pedaço de minha fruta estraçalhada, ele recusa então continuo a come-la até que não sobre mais nada.

-Agora que está mais calma me explique melhor o que aconteceu.

Explico tudo calmamente para ele que agora parece assustado, ficamos em silêncio até eu puxar assunto.

-Como está minha perna?-falo tímida.

-Está bem, mais você teve cortes profundos por causa da armadilha que pisou.

-Vocês que colocaram a armadilha lá?

-Não claro que não, são dos caçadores que mesmo sabendo que é ilegal continuam a procura de pobres animaizinhos.

O encaro por uns segundos e vejo que ele é bonito, mais desvio o olhar quando ele me encara de volta.

-Você tem quantos anos?-Pergunto curiosa.

-18 e você?

-16.

Passamos o dia jogando conversa a fora até ouvir algo buzinar ao lado de fora, como não consigo sair da cama Marcos corre até a porta e olha para mim sorridente.

-Chegaram.-fala Marcos abrindo a porta.

Meus olhos se enchem de lágrimas ao lembrar de minha família, mais ao abrir a porta tenho uma surpresa, Diego entra correndo e me abrasa forte tão forte que sinto dor e solto um pequeno gemido.

-Desculpa coelinha, eu estava com saudade, você está bem?

-Sim estou graças ao Marcos que me ajudou.

-Você é o Marcos não é?-Pergunta Diego.

-Sim.

-Muito obrigado por cuidar dela para mim.

-Denada foi um prazer conhecer vocês.

Diego vira novamente para mim e me beija com delicadeza me pegando no colo em seguida.

-Espera.-peço a Diego que me põe novamente na cama.

-Marcus obrigada.- falo o abrasando.-foi muito bom conhecer vocês.

-Também Mary, tchau até...quem sabe um dia!

-Agora sim amor.-Ao falar Diego me põe novamente em seus braços e me leva para o carro onde Gabriel nos aguarda, Diego me coloca deitada em seu colo no banco de trás até chegarmos ao hospital, ao chegar lá me consulto e levo uns pontos em minhas pernas ao acabar todo o procedimento Diego me põe novamente no carro e seguimos até minha casa.

Ao chegar vejo meus pais desesperados correrem até mim, Diego me tira do carro e me segura em seus braços e Gabriel segue para casa de Bruna que como meus pais não sabe de nada.

-Filha o que aconteceu? Você está bem?

-Eu estou bem mãe graças ao Diego.- falo o encarando.

-Obrigada Diego.-fala minha mãe o olhando com gratidão.

-Denada, acho que não nos conhecemos em uma boa hora não é?

-Verdade.

***Diego***

Olho para Mary e vejo que ela ja está dormindo em meus braços, então a coloco cuidadosamente em sua cama e explico detalhadamente o que aconteceu aos seus pais, quando Gabriel chega.

-Diego olha vou passar a noite na casa da Bruna você vai dormir lá também? já está tarde para voltarmos.

-Eu...não sei.

-Me desculpe acabei ouvindo a conversa e como ele salvou minha filha o mínimo que posso fazer é deixá-lo passar a noite aqui!-fala Carmem.

-Obrigado dona Carmen.-falo envergonhado.

-Esquece este dona e está tudo bem!

-tá.

Me despeço de Gabriel e entro na casa, vou até o quarto de Mary para me certificar que ela está bem e ao chegar lá vejo Carmem arrumando um colchão no chão perto da cama onde minha coelhina dorme tranquilamente.

-E ai cuida dela para mim a noite também?-Fala colocando várias cobertas sobre o colchão.

-Claro.-Sorrio.

-Boa noite.- fala saindo do quarto.

-Boa noite.

Me deito no fino colchão e a encaro dormindo tão linda e frágil, como poderei viver tão longe sem protegê-la contra os perigos deste mundo, fecho meus olhos devagar e adormeço com esse pensamento.

***Mariana***

Acordo sem sentir muita dor nas pernas, provavelmente ja posso andar, desço de minha cama e meus pés não tocam o chão e sim uma coisa estranha ao lado de minha cama, sem conseguir ver direito ainda sonolenta retiro os pés do chão e me deito novamente, esfrego meus olhos com as palmas de minhas mãos para conseguir abri-los totalmente, me coloco de barriga para baixo e coloco apenas a ponta de minha cabeça para fora de minha cama e me assusto ao vê-lo, penso ser um sonho e então encosto as pontas de meus dedos em sua testa que se movimenta ao sentir meu contato.

-Oi bom dia.-fala em meio a um bocejo.

Lembro que devo estar descabelada e com a cara roxa como sempre então me escondo embaixo da coberta, até sentir algo a puxando lentamente.

-Você está linda coelinha.

-Claro que não.-falo envergonhada.

Ele retira a coberta de meu rosto e me beija, como sempre um beijo suave e quente, retribui seu beijo e saímos juntos do quarto, como ainda estava mancando ele me ajudou a caminhar até a cozinha.

Após tomar um banho, tomo meu café e escovo meus dentes e ao caminhar até a cozinha Diego se aproxima de mim fazendo meu coração disparar, ele timidamente segura minha mão deixando nossos dedos se entrelaçarem.

-Carmem, Rodrigo eu quero pedir permição para namorar com sua filha.- meu coração gela.

Meus pais o encaram por uns segundos e meu coração dispara ao ouvir suas palavras.

-Sim, depois de tudo que fez por ela você provou seu amor.-fala minha mãe depois de conversar com meu pai.

Diego olha para mim e em seguida se ajoelha em minha frente.

-Quer namorar comigo coelinha?

-Sim sim sim sim, -o puxo rapidamente para cima lhe dando um abraso e em seguida um beijo, sem me importar com a presença de meus pais.

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