Capítulo 12

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Ao meu redor vejo árvores que parecem correr rapidamente, apesar de não reconheçer direito o local onde estou passando contínuo meu caminho, passando por várias casas e florestas fechadas.

paro em frente a um pequena casinha amarela e retiro meu celular de minha bolsa ligando para o primeiro número que encontro, o celular toca mais minha mãe não me atende provavelmente deve estar trabalhando, então guardo novamente o celular em minha bolsa, observo com atenção a pequena casinha amarela em meio a uma grande floresta, tomo coragem e vou até ela.

-Olá tem alguém ai!-falo trêmula.

-Oi.-grito agora com o tom mais alto que posso.

Esperei por uns minutos e como ninguém apareceu voltei para minha moto, como eu aprendi rápido a pilotar por ter um bom equilíbrio e atenção, logo ganhei a permissão de meus pais poder andar sozinha.

virei a chave da moto mais ela não ligava, tentei várias vezes e nada, quando me dei conta de que já faz um tempo que não abasteci entrei em pânico e não sabaia o que fazer, então me sentei em uma pedra ao lado da estrada, fiquei por um bom tempo pensando no que iria fazer quando derrepente ouvi um barulho provavelmente de uma moto que se aproximava.

Entrei no meio da estrada e fiz um simples sinal para que a moto parasse.

-Oi me desculpe mais teria como me ajudar?-Falei com uma mistura de medo e vergonha.

Um homem desceu de sua moto e me encarou dos pés a cabeça por alguns segundos, o observei com medo e percebi que ele deveria ser bem mais velho que eu.

-Claro gracinha! o que você quiser, mais o que vai me dar em troca linda?

Ao falar essas palavras o estranho homem me segurou com força pelos braços e se inclinou em minha direção, meu coração disparou e eu acabei agindo por impulso, com os braços presos levantei meu pé o atingindo com força bem no meio de suas pernas, ele começou a gritar colocando a mão na região atingida.

-Você vai ver agora menina, vai se arrepender.-Gritava o homem.

Comecei a correr ao ver que ele se aproximava novamente, enquanto corria entrei em uma lugar fechado na floresta tropeçando em algo a cada passo, e usando minhas mãos para desviar os galhos em meu caminho, viro rapidamente minha cabeça e vejo que ele ainda me segue, continuo a correr de um lado para o outro até chegar a um local onde não o via mais, quando me dei conta que nessa correria acabei deixando meu celular cair.

Me sentei em uma pedra e observei melhor o local onde estava, um lugar fechado com várias pedras e árvores, então comecei a andar pela floresta com a esperança de encontrar uma saída daquele lugar.

Após horas andando meus pés latejam e sinto muita fome, olho ao redor e não vejo nada que possa ser comido apenas frutinhas venenosas, me sento em uma grande pedra e me sinto como se estivese em um daqueles programas de como viver na floresta mais ao contrário daquelas pessoas eu não sou capaz de comer insetos ou outros animais, afasto este pensamento e me concentro no que devo fazer, percebo que mais adiante há uma grande árvore com vários galhos grossos e entrelaçados então resolvo tentar escala-la para ter uma melhor visão de onde estou, vou na direção da bela árvore que fica maior a cada momento que me aproximo, seguro com força o galho mais baixo e me impulsiono para alcançar o próximo, os galhos estão escorregadios mais consigo subir a uma boa altura com segurança, me estreito entre os galhos e coloco minha mão sobre os olhos para conseguir ver melhor, longe de onde estou vejo uma pequena coisinha vermelha cercada por um grande gramado, provavelmente uma casa.

Ao chegar novamente no chão vou na direção da tal casa, e ao me aproximar do local piso em algo que prende rapidamente minha perna me causando fortes dores, não consigo me conter e acabo gritando muito alto, olho para minhas pernas que estão cobertas de sangue ainda presas na armadilha e começo a gritar novamente, vejo algo se aproximar lentamente de mim e acabo desmaiando.

***

Acordo em um pequeno quarto simples com uma janela empoeirada que ilumina o local com a luz do dia, olho ao redor e não vejo muita coisa apenas poucos móveis mais ninquem por perto, me sento na cama que estou deitada e encarro minhas pernas enfaichadas até meus joelhos, ouço passos e ao olhar para uma pequena porta semi-aberta vejo uma menina aparentemente mais nova que eu me encarar.

-Oi.-fala a menina abrindo a porta lentamente.

-Oi.-Falo a encarando.

-Nós encontramos você ontem presa em uma das armadilhas dos caçadores! Você está bem?-Pergunta a menina.

-Ha obrigada, eu..acho que estou bem!.-falo apontando para minhas pernas.

-Meu irmão cuidou de sua perna, está tudo bem não se preocupe.

-Irmão?

Volto a encarar a menina quando vejo uma pessoa aperecer atrás dela.

-Oi tudo bem?-Sou Marcos e está é Marcela minha irmã.

-Oi sou Mariana, mais me chama de Mary.

-Tá Mary.-Como você se sente?

-Bem acho.

-Sua família sabe que estava andando na floresta sozinha?

-Não, eu preciso falar com eles, eles devem estar muito preocupados!-entro em desespero ao pensar em minha família e meus olhos se enchem de lágrimas mas as reprimo.

-Calma você precisa descansar.-fala Marcos calmamente.-olha vou lhe trazer o celular ai você liga para eles!

-Tá.

Quando ele se aproxima lembro-me que não sei exatamente o número de minha casa, eu só tinha ele salvo em meu celular, mais tinha um número no qual decorei com muito gosto.

-Alô.-fala uma voz doce como mel, provavelmente a irmãzinha de Diego.

-Oi, será que posso falar com Diego?

-Sim, vou chama-lo!...Diegoooo telefone para você.

-Oi.-fala Diego ao pegar o celular.

sua voz é grossa em uma sintonia perfeita que toca o meu coração de um modo que começo a chorar, sem conseguir falar uma simples palavra.

-Coelinha é você?o que aconteceu?

Sua voz se altera com preocupação então respiro fundo e começo a falar tudo que aconteceu dês da festa do pijama até agora.

-Onde você está? Você ligou para seus pais?

Me viro para Marcos que me encara sem dizer um palavra.

-Onde é exatamente aqui?-pergunto envergonhada.

Repito suas palavras para Diego que anota tudo cuidadosamente.

-Lobinho meu pais não sabem de nada por favor tente avisa-Los de algum modo.

-Eu darei um jeito de avisar não se preocupe! descanse coelinha, beijos e não esqueça que te amo.

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