Capítulo 3

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Volto para casa irritada com o interesse de meus parentes, meu avô tem oito filhos(a) mais poucos vem o visitar e quando raramente aparecem, tem segundas intenções, eles sabem que meu avô está muito doente mais mesmo assim não ligam muito para como ele está, a um tempo vi meus tios brigarem para ver quem ficaria com a casa após a sua morte, só de pensar nos interesses destas pessoas sem coração, ja fico plenamente irritada.

Chego em casa e vou direto para o quarto onde Alan está jogando no computador, pego um shortinho leve e uma blusa a qual deixa um pedaço de minha barriga a mostra, vou direto para o banheiro, tiro minhas roupas e prendo meu cabelo em um coque, vou até a água gelada e tomo meu banho, e me visto com as roupas que peguei.

Saio me sentido um pouco mais calma e vou até meu quarto para descansar, vejo meu celular jogado no canto em cima da estante e o pego, vejo que não recebi nenhuma mensagem então o desligo no mesmo instante, não sou do tipo de pessoa popular muito pelo contrário, não sou do tipo de pessoa interessante para ninguem, sou tímida e fico só, guardo meus sentimentos para mim e não tenho ninguem para conversar, ja me abri com uns amigos que confiei mais em 2 dias todo mundo já sabia do que se tratava, então prefiro ser só eu, com exceção de Diego que parece me enteder, ele me ajuda com o que sinto.

***

Acordo tarde como sempre, sigo até o banheiro e me olho no espelho, eu não me considero uma pessoa bonita em relação às outras meninas, mais hoje estou ainda pior, estou com marcas em meu rosto causadas pelo travesseiro, e o rosto inchado de sono, tomo um banho rápido e vou até a casa de meu avô.

Sua casa é grande, pois antes todos seus filhos moravam lá consigo, ela tem uma cor meio laranja desbotado,ela é meio abafada e tem cheiro de mofo, entro em sua casa e o vejo sentado em sua cama.

-Oi, bença Vô!- Falo o abraçando.

-Deus te abençoe.

-Você quer minha ajuda?- falo curiosa.

-Sim, vamos fazer as sacolinhas?

-Vamos!- falo encarando as sacolas.

Meu avô me mostra tudo o que ele comprou 22 caixas de bombom, 12 baras de chocolate e 3 pacotes grandes de bala, eu encaro aquele monte de doces, sei que isso o faz feliz vejo o seu sorriso ao montar as sacolinhas, o ajudo retribuindo o sorriso mais não acho isso certo, só assim para seus filhos e netos virem aqui, isso me irrita demais ver que só com doces eles aparecem para ver meu avô.

O ajudo a seguir a lista de nomes que ele fez, nela está o nome de todos seus filhos(a), os maridos e esposas de seus filhos, os netos e até bisnetos, sempre admirei meu avô pela sua bondade, mais tenho muita raiva de todos os que não percebem o que ele está passando, em cada sacola escrevo o nome da pessoa que a receberá,coloco em cada sacola 3 balas de cada tipo, as esposas, filhas, netos e bisnetos ganham uma caixa de bombom, já filhos e maridos ganham uma barra de chocolate.

Quando enfim acabamos, guardo todas as sacolas em grandes caixas, e os doces que sobraram em outra, volto para casa onde minha mãe me observa.

-Mãe, você avisou a todos para virem amanhã né?-Pergunto asustada.

-Sim, mais não sei se viram! - disse triste.

Vou até meu pai que está lavando o carro, e o ajudo a ensaboar e depois a enchaguar, ao acabarmos tomo um banho no chuveiro e me sento no sofá para assistir as novelas, após assistir o que queria vou para cama e caio no sono.

Acordo tarde novamente e faço novamente minhas tarefas, vejo que já está dando o horário e ninguem está aparecendo, vou até a casa de meu avô e vejo que está sentado no seu banquinho na varanda com a expressão triste.

-Oi vô, tudo bem?-pergunto ja sabendo sua resposta.

-Sim, cadê todo mundo? Você não conseguiu ligar?-fala preocupado.

-Eles vão vir vô!-Não se preocupe.

Ao dizer isso vejo a chegada de um carro seguido de outro, fico feliz e meu avô logo fala!

-Vá chamar a todos!-fala sorridente.

Vou em direção a todos e os comprimento mesmo não querendo, peço para todos subirem até a casa de meu avô, que fica em cima de um pequeno morro, chegando lá ajudo meu avô a entregar a sacola a cada pessoa que recebe sorridente, vejo o rosto das pessoas e penso o por quê que meus tios não cuidam de meu avô, que sempre cuidou deles quando eram pequenose e frágeis, sinto uma raiva enorme e afasto este pensamento, mais se meu avô que atura isso está feliz eu também estou.

Quando chega a minha vez estou mergulhada em meus pensamentos e meu avô me chama.

-Mariana?-disse me entregando a sacolinha.

-Oi, obrigada vô!

Quando acabamos de entregar as sacolinhas vou para casa o deixando só para poder conversar com todos, e também não estava me sentindo muito bem no meio de tantas pessoas.

Aguardem o próximo capítulo :)

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