Injeção Letal - 2 temporada.

Amanhã.

      Eu não tinha contado a ninguém, guardei o celular no bolso e sentei-me na minha poltrona. Aquela mensagem me tinha feito esquecer a traição de Jéssica e Tiago, o fato de Justin estar bravo comigo e de Ryan estar quase morrendo.

– Senhores, por favor coloquem os cintos que já vamos pousar.

E só agora eu tinha notado que desde que saímos do México eu não tinha me movido, apenas sentada pensando se aquilo era o certo. Deixar todos as cegas e a mercê de um lunático.

Justin estava com a cabeça repousava no vidro, dormindo como se não houvesse problemas na vida. Tão doce que te fazia adimira-lo, embora eu estivesse com raiva dele por não ficar do meu lado, ele era maravilhoso.

No bolso o celular vibrou. Como? Estávamos voando.

VOCÊ TEM UMA NOVA MENSAGEM: DESCONHECIDO.

Porque fez isso?

Olhei em volta, todos dormindo. Eu responderia? Meus dedos se mexeram pelas teclas e depois pelo enviar.

Samuel Montês?

UMA NOVA MENSAGEM:

Lucas Richard.

Minha boca estava seca, mais uma vez digitei enviando em seguida.

Lucas Richard não existe.

UMA NOVA MENSAGEM:

Então quem está falando com você?

Então... Lucas Richard existia? Minha cabeça deu uma pontada, lembrando do bilhete "eu vi você: lucas Richard" minutos antes de receber a notícia se que meus pais estavam mortos.

Digitei, enviei.

Se você é Lucas Richard, porque matou meus pais?

VOCÊ TEM UMA NOVA MENSAGEM:

Eu não os matei. Deveria ter me obedecido

e ficado no México.

Digitei, enviei.

Isso é uma ameaça?

VOCÊ TEM UMA NOVA MENSAGEM:

Não. Estou tentando te ajudar.

– Caitlin? – meu corpo saltou indo para tras com força, minhas mãos se enfiaram dentro da jaqueta escondendo o celular. – O que foi?

–Chaz, não foi nada. – sorri tentando transparecer calma. – Quer que eu o acorde? - apontei para Justin.

– Sim, por favor. Já vamos pousar e quero falar com ele.

      Sorri e anui, ele fez o mesmo, parecendo ainda mais desconfiado da minha atitude. Eu tinha perdido a minha habilidade de mentir.

       Minhas mãos foram até seu ombro, deslizando calmamente até chegar em seu rosto. Quando toquei, minha mão foi agarrada com força, sendo apertada tão forte que me fez gemer de dor.

– Justin! – pedi, Seus olhos se arregalaram, mesmo tão abertos era como se enxergasse a escuridão. – Você está me machucando.

– Caitlin. – ele gesticulou, depois soltou minha mão. Seus olhos se fecharam, o cabelo caindo no rosto conforme mexia a cabeça rapidamente. – Desculpa.

– Chaz quer falar com você. – eu disse, quando ele abriu os olhos para me encarar, virei o rosto para encarar o vidro. – Ele está te esperando.