Capítulo 11 - Pegar ou largar

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- Eu te conheço de alguma lugar - Falou, espremendo os olhos - Ah, já sei de onde é - O olhar de nojentinha voltou - Mas é muito azar te encontrar duas vezes no mesmo dia.

Dessa vez eu que tô tentando reconhecê-la, e considerando que estou relativamente bêbado, isso não é tão fácil. Mas então me recordo, é a garota com que briguei de manhã, a tal da Dyana.

- Nossa senhora, até aqui você me persegue demônio?

- Acho que é ao contrário, o que tá fazendo aqui? Claramente esse lugar não é pra você - Ah se eu pudesse tirar esse olhar de metida da cara dela, ah se eu pudesse.

- Eu não devia nem tá dando satisfação pra você, mas acontece que sou amigo do dono da boate.

- Sério? - Ela arqueou a sobrancelha - O Noah devia melhorar as amizades dele.

- Se você for amiga dele, deve mesmo - Retruquei, dando um rápido sorriso cínico.

Ela revirou os olhos, e começou a mexer na sua bolsa.

Me levantei, e fui até onde Charles estava preparando a bebida da mimadinha.

- Ei Charles - O chamei, me apoiando no balcão.

- Diz - Ele respondeu, concentrado na preparação do drink.

- Vem cá, chega aqui rapidinho - Pedi, olhando rapidamente para Dyana, ela estava usando o celular no momento.

- O que foi? - Questionou, se aproximando.

- Te dou 10 conto pra você cuspir na bebida dela.

Ele me olhou sério por uns 3 segundos, mas deu um pequeno riso.

- Tá zoando né?

- Te dou 20.

- Não acredito que você tá falando sério.

- 22.50, pegar ou largar - "Pegar ou largar". Me senti em um filme.

- Cara, eu não vou fazer isso.

- Não tem problema, me dá aqui rapidinho que eu faço - Estendi o braço, gesticulando com a mão.

- Não né Adriel - Charles deu uma batidinha na minha mão - Vai sentar vai.

- Pô cara, mas eu sou vip. 

- Essa garota - Falou, olhando rapidamente para Dyana - É mais que vip.

- Ela é o quê? - Questionei.

- Filha de um dos sócios da boate, entende agora?

- Achei que o pai dela era advogado - Franzi o cenho.

- E ele é, mas também tem vários imóveis, e é sócio de vários empreendimentos, cara, só não se mete com ela - Falou, voltando a preparar a bebida.

- Tinha medo nem dos traficante lá do bairro que eu morava, imagina dessa pirralha.

- Mas é bom ter do pai dela, acredite em mim, ele já fodeu com a vida de muita gente

- Tá, tá, Charles, já entendi, garota com pai rico e advogado, mantenha distância. 

- Exatamente.

- Chaaarlees! - Ela o chamou - Tá demorando né.

- Já vai Dyana, só um segundo.

- Sério, mas não dá vontade enforcar ela? Assim, só até morrer.

Antes de Charles responder, ela retornou a falar.

- Oh garoto, você não tá vendo que tá atrapalhando ele? 

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