Ele se levantou do sofá, se desvencilhando de mim, e seguiu até uma mesinha que ficava encostada na parede, abaixo de um bonito quadro. Abriu uma das gavetas, e tirou de lá um envelope.
Lucas veio até a mim, e entregou.
- Pode abrir - Disse, e deu um beijo em minha testa, voltando a se sentar no sofá.
Abri o envelope, tirando de lá um folha que estava dobrada de forma que se encaixasse no envelope. Abri a folha, era um documento, precisamente, a escritura de uma casa.
- Que escritura é essa? - Perguntei, com um sorriso confuso.
- Da nossa casa - Ele respondeu sorridente, em seguida deu em beijo na minha bochecha.
- Nossa casa? - Franzi o cenho.
- É Emmeline, vamos nos casar, então temos que ter nossa casa - Ele deu de ombros, como se fosse algo óbvio.
- Eu sei.. Mas, não achei que fosse logo, tão cedo - Retruquei. Acho que não levei em consideração todas essas outras questões quando aceitei me casar. Não quero sair dali, amo aquela casa. Não quero deixar tia Lana. É uma mudança bastante radical, e não me preparei pra isso.
- Achei que você já tivesse isso em mente, é o que as pessoas fazem quando casam, vão morar junto.
- Mas você não acha que poderíamos ser um casal diferente nessa questão?
- Você não quer morar comigo Emmeline? Então qual o sentido da gente se casar? - Ele mudou o semblante, que agora estava sério e confuso.
- Não é que eu não queira morar com você, mas é uma grande mudança, não sei se quero sair dali, e deixar a tia Lana - Argumentei.
- Mas meu amor, ainda vamos morar na mesma cidade, então você pode fazer visitas a ela frequentemente - Ele contra argumentou - E olha, a localização dessa casa é perfeita, fica na mesma rua da universidade, então não vai precisar fazer aquela caminhada que faz toda manhã, passando por praça, várias ruas, é bem mais perto.
- Mas eu gosto dessa caminhada matinal Lucas - Bufei.
- Emmeline, não vou te obrigar a nada, mas não vejo como um casamento pode funcionar assim, eu morando em uma casa, e você em outra, não tem sentido.
- Eu sei Lucas, acho que não parei pra pensar o que realmente significava se casar, estava tratando como algo que simbolizasse tudo o que passamos, nossa história.
- E sim, é algo simbólico, mas é muito mais que isso.
- Talvez.. - Soltei o ar - Tenha sido impulso.
- Quer voltar atrás? - Perguntou sério.
- Querendo ou não, já é tarde demais.
Lucas passou a mão pelo seu resto, se mostrando apreensivo
- Me responda sinceramente, você tem certeza de seus sentimentos sobre mim?
- Claro que tenho Lucas - Respondi, com convicção.
- Sentimentos que são fortes o bastante para casar com alguém?
- Eu.. Não sei - É bastante claro pra mim que não amo Lucas, mas não quero falar isso pra ele.
- Emmeline, acho melhor você ir pra casa - Falou, sem alguma expressão predominante, apenas estava fitando o chão.
- Desculpa Lucas - Coloquei a mão sobre seu ombro, e me aproximei.
- Só vai Emmeline - Ele se levantou do sofá, e sentou na poltrona do lado, rejeitando o meu toque.
- Tá bom - Suspirei - De tarde, quando estiver de cabeça mais fria, venho conversar contigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Winter Hill, e outras coisas..
Ficção AdolescenteBom dia, ou boa tarde, ou boa noite, depende da hora em que você esteja lendo isso. Aliás, primeiramente, quero lhe dar melhores sugestões de entretenimento. Um cinema talvez, ou uma pizza com os amigos, garanto que é algo bem melhor do que ler sobr...