Capítulo 30 - A Casa Stark se orgulha de você

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- Quer passar a tarde aqui? Podemos maratonar alguns filmes, ver série, só ficar conversando... Você que sabe.

- Porque não - Ela deu de ombros.

- Sério?

- Bom, em casa não tenho muita coisa pra fazer. Aqui ao menos tenho companhia.

- É - Adriel assentiu, com um sorriso fechado. Por dentro, explodindo de felicidade. Ele adorava sua presença. Estar com ela. Falar com ela. Olhar pra ela. Isso o deixava muito bem.

NARRADORA OF 

WINTER ON

Em uma banca de gibis ali perto...

Ao chegar na banca, abro o portão de enrolar da frente. Se deixo fechado morro de calor. 

Pego meu banco, estico minhas pernas apoiando na prateleira da frente e pego minha marmita.

(...)

Após almoçar, que aliás estava muito bom - sorte que Adriel sabe cozinhar, caso contrário eu morreria de fome - pego meu celular, conecto o Spotify na caixinha de som da banca e saio procurando por alguma música leve e calma. 

Sabe quando você apenas precisa respirar, relaxar os músculos do corpo e ouvir uma música boa?

Estou nesse momento. 

Devido ao meu Spotify ser compartilhado com Adriel, acaba tendo várias músicas brasileiras também. Sei diferenciar um pouco os gêneros. Funk, pagode, sertanejo, forró... Sigo procurando até achar uma que gosto bastante - apesar de não entender a letra -, também brasileira, "Deixa - Lagum feat. Ana Gabriela".

Começo a escutar, fecho os olhos e respiro fundo, murmurando a melodia da música. 

- Meditando? - Escutei uma voz feminina ecoar próximo a mim. Abro os olhos, era a mesma garota que conversei mais cedo, Meereen. 

- Oi - Disse - É, aproveitando esse momento de paz. 

- Poxa Buda, desculpa ter atrapalhado seu momento. 

- Nenhum pouco sarcástica, não é mesmo? - Disse irônico - Como foi o Congresso?

- Poderia lhe responder se não estivesse passado a manhã toda jogando Bomber Friend. 

- Lhe entendo perfeitamente - Assenti - Na verdade não entendo, passo o dia aqui olhando pro nada e não faço faculdade, mas enfim, consigo visualizar a sua situação no sentido de... - Volto meu olhar a Meereen, ela estava com uma cara de riso - Tá, vou parar de falar. 

- E porque hoje está aberto essa hora? Sempre quando volto da faculdade está fechado. 

- Fui chutado da minha casa - Assenti, reprimindo os lábios - Então meu destino foi essa velha, com cheiro de mofo, banca.

- Poxa, isso é uma história comovente - Falou, secando uma lágrima imaginária do seu rosto.

- Minha vida é uma história comovente. 

- Poxa - Ela riu - Que triste - Continuou rindo - Meu Deus, desculpa. Eu fico rindo nas piores ocasiões - Riu mais alto ainda. Okay, essa garota não é normal - Para Meereen, para! - Falou para ela mesmo, respirando fundo, até cessar os risos - Então, onde estávamos?.. Isso, vida comovente. Nossa Winter, mas porquê? - Perguntou, com um olhar de interesse e preocupação. 

- Sarcástica e cínica - Falei.

- Ei, ei, ei. Não sou cínica, ás vezes as pessoas tem crises em momentos errados, mas não quer dizer que estava rindo de você.

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