Capítulo 2 - Sabe o desespero?

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- Então, depois de tanto tempo, afinal, como é o nome da garota de Harvard? - Questionou Adriel.

- Emmeline Rivera Timpson.

- Nome bonito - Constatou Adriel - E de gente rica.

- Ela estuda em Harvard né, ou ela é rica, ou é a pessoa que vai descobrir a cura do câncer.

- Não entendi.

- Oh lerdo, ou ela é rica pra conseguir pagar a universidade, ou ela é muito inteligente, pra ter conseguido uma bolsa lá.

- Ata - Ele disse - E aí, vai entregar pra ela amanhã, né?

- Não - Entreguei a carteira pra ele rapidamente - Você entrega.

- Eu não, ela é sua garota - Ele me entregou de volta.

- Eu não sei como vou chegar, falar com ela.

- Talvez, "oi, ontem você deixou isso aqui cair, vi, e guardei, para te devolver", não sei, mas me parece viável.

- Mas eu vou travar na hora.

- Ah meu Deus Winter, não vai.

- Vou.

- Cara, ela é uma garota normal, caga e mija que nem todo mundo.

- Para, eu não imagino ela fazendo essas coisas.

- Mas ela faz meu caro, ela faz - Ele deu duas batidinhas nas minhas costas, como quem diz "complicado parceiro, mas estou contigo".

- Enfim, eu não vou entregar.

- Cara, é a sua primeira chance em dois anos, não desperdiça. Olha, se você não for, amanhã eu vou até a Emmeline e falar que tu quer uma chance faz dois anos, que é obcecado por ela, e que sonha toda semana com vocês dando um selinho, não é zoeira, vou mesmo.

- Você não faria isso.

- Nunca fale "você não faria isso", para um brasileiro, é uma das leis da vida.

- Tá, tá, eu vou.

- Isso moleque, é o meu garoto, vai entregar a bolsa dela, e falar com a mesma por 15 segundos, isso que é coragem.

- Vai pra merda Eldinho.

- Já tô do seu lado bebê - Ele retrucou.

- Te odeio.

- Também te amo lindo.

Horas depois...

- Hello boys - Becky chegou no quiosque.

- Oi - Eu e Adriel respondemos.

- Tão afim de um filme no final de semana, lá em casa?

- Pode ser - Eldinho deu de ombros.

- Por mim tá okay, tenho nada pra fazer mesmo - Disse.

- Beleza, na sexta a gente escolhe o filme.

- De boa - Eldinho assentiu.

Uma hora depois..

Eu, Becky e Eldinho seguimos conversando por um tempo, porém, há uns dez minutos Becky foi para casa, restando como no início, eu e Eldinho.

- Cara, já é dez e meia, hora da sua terapia - Eldinho disse, depois de olhar a hora em seu relógio.

- Ah, é, valeu - Disse, me levantando e rapidamente dando uma olhada em um espelho que tem por lá, checando se está tudo okay - Já sabe né - Olhei para Eldinho.

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