Capítulo 4 - Jeff

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Ao chegar perto da banca, Emmeline levantou o olhar, olhando para Adriel, em seguida para mim, depois de mais alguns passos, colocou seus braços sobre o balcão.

- Olá, bom dia - Disse ela, dando um pequeno sorriso com os lábios.

Sabe quando você está tendo um sonho muito bom, e você fica pensando, "será que é um sonho?", e 99% das vezes é, este é meu o pensamento agora.

Mas é tudo tão real.

Meu cérebro não está tão evoluído assim.

Enquanto eu estava perdido em meus devaneios, Adriel a respondeu.

- Oi, o que você quer? - Perguntou Adriel com desprezo, acho que talvez tenha sido por causa de ontem.

- Winter, né? - Emmeline virou seu olhar para mim.

Ela lembrou meu nooomeeeeeeeeee.

- Sim, Winter, eu, eu sou Winter- Respondi. Um pouco retardamente? Sim. Mas ao menos consegui falar.

Juro que pude ver pelo canto do olho Adriel levar sua mão até a testa.

- Acho que você se lembra de mim - Preciso nem fazer comentários sobre isso - Sou a Emmeline, a garota que perdeu a bolsa, e você me entregou ontem.

- Ah sim, estou lembrando vagamente - Dito isso, Adriel forçou uma tosse. Aquela pequena vontade de cometer um assassinato.

- Então, queria me desculpar pela forma que te tratei, você deve ter me achado uma filha da puta, mas não sou assim, é que meu dia estava realmente uma confusão, problemas familiares.. Sabe como são complicadas essas coisas.

- Ah, entendo, não tem problema não - Então ela não é uma vadia esnobe, sendo assim, seu status de perfeita está de volta.

- Sério, desculpa mesmo, fiquei com muito peso na consciência depois, aliás, obrigada por ter guardado minha bolsa, e principalmente por ter me devolvido - Mano, que dia.

- Foi nada não, imagina, e por nada - Ainda não falei merda, tô conseguindo.

- Mas eu ainda não estou me sentindo bem, olha, me deixa te pagar um café? Vai que aí o peso na consciência sai.

Adriel subitamente arregalou os olhos, e se virou para mim, logo tentando disfarçar, devido a Emmeline. 

- Ah, por mim tudo bem, quando você quiser - Dei de ombros, esboçando um leve sorriso. Espero que não tenha dado pra ela escutar as batidas do meu coração, estava algo anormal.

- Que horas você saí daqui?

- Onze horas a gente vai embora almoçar, voltamos as duas, e seis da noite fechamos - Você podia ter dito simplesmente seis horas né, Winter??

- Okay, então ao invés de eu te pagar um café, eu te pago um jantar ás sete? - Ela sugeriu.

Meu Deus isso não está acontecendo, não é possível.

- Claro, pode ser.

- Sua casa é perto daqui? 

- Sim, sim.

- Okay, me escreve seu endereço, melhor, eu vou te dar meu número, lá pras 10 pras 7 você me manda uma mensagem com o endereço.

Cara.

Como assim as coisas estão dando certo pra mim??

Como assim isso está acontecendo??

O mundo já não é mais o mesmo.

Winter Hill, e outras coisas..Onde histórias criam vida. Descubra agora