Capítulo 37 - Ah pronto

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Fiz o mesmo, e nos preparamos para a partida.

- Vamos, olhos azuis? - Perguntou por fim.

- Vamos, ruiva.

(...)

Após algum tempo de pedaladas pela cidade, em meio a conversas aleatórias e risos, chegamos a casa de Meereen.

- Gostou do passeio? - Perguntou Meereen, enquanto subia a varanda levando sua bicicleta ao lado. A acompanhava logo atrás. 

- Muita adrenalina para uma noite só, mas sim, gostei - Respondi, deixando a bicicleta na varanda, no mesmo lugar que Meereen havia deixado anteriormente. 

- Você tá precisando de adrenalina na sua vida - Ela retrucou, cruzando os braços, e se inconstando na parede da casa.

- Não está errada - Assenti.

- Claro que não, mulher tem sempre razão - Disse Meereen, dando uma piscadinha. 

- Sou homem, então tenho que concordar. 

Ela deu de ombros, como quem diz "tá vendo", enquanto esboçava um sorriso descontraído. 

- Então, acho que deu meu horário. 

- Certo - Ela assentiu - Tome cuidado no caminho. 

- Terei - Disse, dando um último sorriso, no qual fui retribuído. 

Desci as escadas da varanda, e quando estava já estava há alguns passos, me virei em direção a casa. 

Meereen ainda estava lá, de braços cruzados, com um pequeno sorriso no rosto. Ela me deu um aceno. 

Acenei de volta, e segui caminho para casa. 

(...)

Ao chegar em casa, coloquei as chaves sobre a mesinha do corredor, e fui direto para o quarto. 

Vejo a mochila do Adriel encima da cama, mas ele não estava no quarto. 

Olhei brevemente para o banheiro que estava com a porta aberta, e lá estava ele. Sentado no vaso e lendo uma hq. 

- Você poderia fechar a porta e me poupar de te ver cagando? - Perguntei irônico, sentando na minha cama, e tirando meu sapato. 

- Ah, você chegou. Estava aonde? 

- Saí com Meereen. 

- Hmmmm - Ele me olhou com um sorriso malicioso. 

- Não é recomendável olhar assim para as pessoas quando se está pelado. É estranho. 

- Depende das intenções. 

- Algo que não tem neste caso. Enfim, só saímos para conversar, queria me distrair um pouco.

- Aconteceu alguma coisa? 

Soltei o ar, me preparando psicologicamente para contar o que houve. 

- É. Disse a Emmeline que sou apaixonado por ela. 

- Cacete - Falou Adriel, franzindo o cenho - Achei que você era muito mole pra isso. E ela?

- Ah, nenhuma surpresa. Sou apenas um amigo. Pedi que ela se afastasse de mim por um tempo, preciso organizar meus pensamentos e emoções. 

- Eita. Você tá mesmo querendo esquecer ela. 

- É - Assenti, reprimindo os lábios - Foi muito difícil, até chorei.

- Poxa, quero muito te dar um abraço agora. 

- Por favor, não. 

- Tem certeza? Meu ombro é muito bom pra chorar. 

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