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Agradeci aos deuses quando acordei sozinha, sem ninguém me chamar. Fechei os olhos e me lembrei de tudo que havia acontecido no dia anterior. Um Perpétuo nos chamara e queria que lhe entregássemos Eva. Melissa voltar a enxergar, ela e Art haviam saído de casa, o que a trazia para passar um tempo comigo em minha casa. Eu havia acabado o namoro, praticamente me declarado para Art. Melissa e Art fizeram as pazes com seus pais, descobrimos que Melissa era na verdade Eva e além de tudo uma maga e havíamos quase morrido com um ataque do Curupira que também queria Melissa.

Olhei para a mesa ao lado da cama, era meio-dia, o que havia me dado sete horas de sono, "Razoável." Pensei. Contando tudo que acontecera, até que eu tinha dormido bastante.

Olhei para a cama de baixo para verificar se Melissa ainda estava ali. A cama estava vazia, já devia ter levantado. Espreguicei-me e sentei na cama, um tanto quanto sonolenta ainda. Passei as mãos pelos cabelos, estavam completamente embaraçados e com laquê, decidi tomar um banho antes de qualquer coisa.

Ouvi meu celular vibrar e o peguei na mesa. Não o levara ao baile no dia anterior.

Tinham quatro chamadas não atendidas de Vítor e uma mensagem de texto de Vinicius. Ignorei as ligações, teria que reservar o domingo para falar com Vitor. Ou a noite de hoje, se conseguíssemos resolver todos os problemas durante tarde. Algo que eu duvidava bastante, afinal, se todos os seres míticos queriam Melissa, nós estávamos simplesmente ferrados.

Resolvi ler logo o que Vinícius tinha escrito. Tinha a leve sensação que ele queria saber se acontecera alguma coisa com Arthur. Me peguei pensando se deveria ou não continuar a amizade com ele. Gostava muito da sua amizade, mas dar falsas esperanças não era legal.

"Hey, bom dia! Como foi à noite? Espero que tenha dado tudo certo. Me liga para contar. Vini."

Analisei bem a mensagem. Devia fazer tanta coisa naquele exato momento! Ligar para Vini seria apenas mais uma que me faria atrasar mais meu dia. Fiquei olhando o celular, indecisa por um tempo, até que respirei fundo. Talvez como teste eu pudesse ligar para ele, talvez conversar um pouco sobre aquilo não seria ruim. Não custava ligar, não custava ser social.

O telefone chamou duas vezes até que ele atendeu com, percebi, carinho em sua voz. Me senti confortada.

"Bom dia, Ady!" Falou, ouvi uma risada ao fundo, devia estar com os amigos.

"Bom dia, Vini."

"Espero que tenha dormido bem." Ri do comentário. Levando em conta o cansaço deixado pela noite passada, eu desmaiara quando deitei na cama. Mas devia encurtar a conversa.

"Dormi bem sim... Só liguei mesmo por que você pediu..."

"Sei, conversou com ele?" Perguntou parecendo preocupado.

"É... Foi. Pedi desculpas pela forma que o tratei na festa e ele... Entendeu." Dei de ombros, queria analisar a situação, mas acho que ele não seria a pessoa certa para isso.

"Ele gosta muito de você, Ady. Imaginei que fosse entender mesmo. Mas que bom que você tá bem e deu certo, se precisar de alguma coisa me liga, tá?" Falou, me espreguicei e assenti, tinha a péssima mania de concordar ao telefone, como se as pessoas pudessem me ver.

"Certo, obrigada por tudo, de qualquer forma e... Desculpa por antes." Vini fez um barulho como se não ligasse para isso.

"Não importa, eu te entendo. Relaxa." Disse. Me senti um pouco animada, mas não tão certa se insistir na amizade seria legal.

"Certo então, obrigada por tudo."

"Que isso, depois a gente se fala." Falou, parecia não estar tão mal assim.

O Renascer de EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora