Procura-se uma Noiva [concluída]

04

CAPÍTULO QUATRO

O celular começa a vibrar freneticamente enquanto a melodia de Patience de Guns N’ Roses ecoa no quarto.

One, two
One, two, three, four...

Abro os olhos assustada e saio procurando o aparelho que só conseguia escutar até então.

Onde aquilo estava, afinal?

Levantei da cama e o encontrei em cima de uma poltrona, não lembrando de tê-lo deixado ali.

— Oi. — a voz murmura assim que ouviu meus ruídos do outro lado da linha.

— O que diabos você quer me ligando às... — olhei para um velho relógio na parede azul. — 03:27 da madrugada, Elliot?

Pude escutar o barulho do seu riso abafado.

— Vou te buscar às 20h para um jantar de apresentação com a minha família, esteja pronta.

Reviro os olhos de imediato.

— Que merda, Elliot. Você ainda tinha o dia todo para me avisar e resolve ligar justamente quando estou dormindo?

— Você poderia mudar de ideia. — cochichou.

— Eu disse que ia, então eu vou.

Elliot suspirou aliviado.

— Aliás, como conseguiu meu número? — perguntei como quem não quer nada.

— Não interessa. Boa noite, ou quase isso. — meus olhos arregalaram de surpresa.

Era um bastardo mesmo.

Desliguei sem responder e logo voltei para a cama, insultando Elliot com todos os palavrões que sabia.

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Quando me dei conta que faltava menos de 2 horas para o jantar na casa de Elliot, comecei os meus preparativos.

Optei por ir com um vestido azul claro justo, um pouco acima do joelho; que ganhei da minha mãe no natal passado.

Já tinha usado algumas vezes, mas ele estava em um belo estado e caía muito bem no meu corpo, alinhando as curvas e realçando qualquer coisa agradável que tenha em mim.

Olhei-me no espelho do corredor e franzi a testa, me perguntando se aquela roupa estava no nível deles.

— O que você achou? — perguntei a Leon, que saía do quarto.

— Quer que eu diga a verdade?

— E você costuma mentir pra mim com muita frequência? — fingi estar ofendida.

— Quer que eu diga a verdade? — disse novamente com um sorriso debochado.

— Sim, por favor.

— Está ridícula como sempre.

Boquiaberta e furiosa, vou em direção à ele, dando socos e puxões no cabelo, enquanto o mesmo tentava correr.